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Agora é a vez das ‘arquitechs’?

Agora é a vez das ‘arquitechs’?

Criada em 2018, a startup OneHelp tem como principal objetivo fazer com que projetos de arquitetura e decoração caibam no bolso de boa parte dos brasileiros. A partir de R$ 350, já é possível contratar a orientação de um profissional e receber um pré-projeto.

“Por muito tempo, as pessoas pensaram que contratar um arquiteto era coisa de gente rica. Mas não, agora muito mais gente tem essa possibilidade”, disse Thiago Nicolielo, fundador e CEO da startup, em entrevista ao CNN Brasil Business.

Os preços variam de acordo com os pacotes. O mais completo, que vai desde o projeto até a finalização da obra, com acompanhamento e vistorias, sai por R$ 140 o metro quadrado, com contratação mínima de R$ 2.800. É possível parcelar e financiar o valor.

Funciona assim: de um lado, fornecedores de material e profissionais de todas as áreas, desde arquitetos e designers a eletricistas e empreiteiros, se inscrevem na plataforma. De outro, o cliente contrata serviços personalizados, de acordo com as próprias necessidades: é possível, por exemplo, reformar apenas um cômodo da casa. 

A plataforma não aceita qualquer profissional. “Existem critérios de curadoria e qualidade, especialmente para designers, arquitetos e engenheiros. Quem quer se inscrever passa por testes, precisa comprovar grau de formação. E, antes de começar a fazer os atendimentos, eles passam também por um treinamento”, diz Nicolielo.

A ideia parece estar funcionando bem. Em 28 meses de operação, a startup movimentou R$ 15 milhões em negócios e faturou R$ 280 mil. Em 2021, a expectativa é que esses números cresçam pelo menos três vezes.

A vez das reformas

Trancados em casa por causa da pandemia do novo coronavírus, mais brasileiros investiram em pequenos reparos e reformas estruturais no imóvel no último ano, aquecendo o setor de construção civil. Para a OneHelp, a busca por serviços aumentou em 300% desde março do ano passado.

Em contratos fechados, a startup também obteve três vezes mais sucesso. Somente em projetos de arquitetura, sem o serviço de obras, o número de clientes aumentou em 45% —o que indica que devem tirá-los do papel neste ano, quando a situação da pandemia de Covid-19 melhorar.

“Nos próximos dois ou três anos, a gente ainda vai ter um crescimento bem forte dessa tendência. As pessoas têm dado muita atenção ao ambiente onde se sentem seguras, que é em casa. E, agora, com os juros baixos e a economia precisando aquecer novamente, a plataforma passa por um momento favorável”, diz Nicolielo.

Uberização dos profissionais?

Se, por um lado, o preço acessível possibilita o sonho de muitos clientes, por outro, pode afetar a remuneração dos profissionais. Em entrevista ao Business, o CEO da startup garante que existe um poder de negociação na plataforma e que os valores são sustentáveis.

“É importante ressaltar que a gente sempre escuta todos os trabalhadores que estão conectados na nossa plataforma: arquitetos, designers, quem quer que seja. A gente faz diversas análises para aplicar algo compatível com o mercado e acessível ao cliente. Nossa ideia é gerar volume de negociações e movimentar o setor”.

Nicolielo também afirma que, na maioria dos casos, a plataforma é um “segundo emprego” dos trabalhadores. “A gente chega com o conceito de prover uma renda extra. O profissional que está ali pode aceitar ou não a proposta”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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