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Aécio diz que Lula ‘desonra’ país

Nome do PSDB para o Planalto, o senador Aécio Neves (MG) criticou na manhã de ontem declaração dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma rede de TV portuguesa sobre o julgamento do mensalão.
O tucano disse que ao criticar o STF, o ex-presidente Lula “não faz bem à democracia” nem “honra a história de um homem que foi presidente da República”.
Lula disse à rede RTP que o mensalão “teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”. “Não entendo como ele chegou a essa contabilidade (…). É lamentável vermos um ex-presidente da República fazer afirmações que depõem contra o poder Judiciário, esteio da democracia brasileira”, disse Aécio.
“Essa declaração não engrandece o currículo do ex-presidente. Pela importância do cargo que ocupou, ele deveria ser o primeiro a zelar pelo respeito às nossas instituições. Foi uma declaração infeliz”, concluiu Aécio.
Aécio falou sobre o assunto após dar uma palestra a empresários da Associação Comercial de São Paulo. Em sua fala no evento, Aécio fez duras críticas à condução do governo da presidente Dilma Rousseff e ao PT. Segundo ele, esta administração “mercantilizou a gestão da política”. Aécio repetiu diversas vezes que se sente “preparado” para assumir o país.
Ele chegou a dizer que acredita que Dilma possa ficar fora do segundo turno, dada a insatisfação com sua gestão. A declaração não encontra amparo nas pesquisas eleitorais, que, embora apontem queda na popularidade da presidente, mostram que, se as eleições fossem hoje, ela se reelegeria no primeiro turno.
O tucano disse já ter falado sobre o assunto com o ex-governador Eduardo Campos (PE), pré-candidato do PSB ao Planalto. Campos tem Marina Silva como vice e mantém uma relação amigável com Aécio. Em alguns Estados, PSDB e PSB montaram juntos seus palanques.
“Eduardo e eu temos a responsabilidade de conversar. Não temos sequer o direito de não conversar. Esse é o fato novo dessa eleição. As oposições estão demonstrando maturidade. Não acho fora de propósito que podemos chegar nós dois no segundo turno. O PT terá que trabalhar muito para não ficar fora do segundo turno”, afirmou.

PSD
Aécio comentou ainda a tentativa de aproximação entre os tucanos e o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Ontem, o senador mineiro jantou na casa de Kassab, ao lado governador Geraldo Alckmin e do ex-governador José Serra.
No campo nacional, Kassab declarou apoio à reeleição de Dilma. Mas Alckmin tem buscado um acordo com o prefeito no Estado, o que reacendeu a esperança de que o PSD possa rever sua posição de alinhamento ao PT na eleição presidencial.
“As alianças são feitas nacionalmente sem atender as realidades locais. Ao seu tempo e ao seu modo o governador Alckmin vai construir uma aliança que, tenho certeza, pelo bem de São Paulo, vai levá-lo à vitória”, disse Aécio. Ele afirmou que é preciso “respeitar” a posição nacional anunciada pelo PSD, mas ressaltou a “amizade” que tem com Kassab.
“Foi um encontro entre amigos, não houve encaminhamento de decisão política”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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