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Adiantamento do 13º exige cuidado

A Caixa Econômica Federal anuncia liberação de crédito para empresas interessadas em antecipar o pagamento do 13º salário de seus funcionários. Com a expectativa de atingir R$ 1 bilhão em financiamentos, o benefício continuará disponível até 28 de fevereiro de 2013. Para especialistas econômicos, a utilização do recurso precisa ser planejada e não está livre de riscos.
O vice-presidente de Finanças da Caixa, Márcio Percival, destaca que a nova versão do programa possibilita a liberação da linha de crédito para as empresas com pagamento só no próximo ano. “Os empresários já terão acesso ao empréstimo e só começarão a pagar em 2013”, diz.
Outra opção apresentada na quinta-feira (13) foi o empréstimo tomando o FGO (Fundo Garantidor de Operações) como garantia. Segundo o vice-presidente de Pessoa Jurídica, Geddel Vieira, as taxas sugeridas são menores que as taxas do serviço citado anteriormente. “Esse é o momento ideal para as empresas reorganizarem suas finanças e equilibrarem seu fluxo de caixa”, sugere.
O assessor de economia da Fecomercio, José Fernando Pereira da Silva, acrescenta que, apesar do comércio não ter atingido as metas de vendas, as festas de fim de ano são uma aposta garantida. “Financiamentos nesses moldes possibilitam o investimento para remanejar o estoque”.

Adiantamento deve ser avaliado

Para os trabalhadores formais, o adiantamento deve ser empregado com cautela. Embora as taxas cobradas pelo serviço variem de 2,28% a 3,19%, a modalidade é válida em casos de quitação total de dívidas, por exemplo.
A contadora Samantha Gomes explica que as instituições financeiras cobram juros inferiores aos cartões de crédito -que marcaram 10,69% no mês de julho- e às linhas de empréstimo -juros de 9,72% ao mês. “Tomando essas taxas como parâmetro, a pessoa física deve apostar no recebimento imediato se o valor do 13º salário for igual ou superior ao necessário para zerar antigos débitos”, sugere.
Caso a prioridade seja um novo investimento, o consumidor deve esperar. “Se não há emergência, o melhor é manter o dinheiro para as compras do fim do ano”, completa.
Segundo o especialista em estudos financeiros, Miguel Ribeiro de Oliveira, pesquisar taxas mais adequadas é a solução. “Os bancos costumam oferecer linhas de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) com taxas mais baixas que as cobradas nos empréstimos de adiantamento do 13º”, esclarece. Baseado nisso, o CDC pode ser a alternativa mais favorável.
Ao avaliar o rendimento de fundos e da poupança com os juros aplicados para a antecipação, a contadora aponta juros inferiores do primeiro sobre o segundo. “Ou seja, quem fizer isso estará perdendo dinheiro”, alerta Gomes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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