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Ações na bolsa ganha espaço

Ações na bolsa ganha espaço

Regularmente ouvimos no noticiário sobre economia, informações a respeito da Bolsa de Valores. Se ‘ela’ cai, é ruim para o país; se sobe, é bom. O Jornal do Commercio foi ouvir Fábio Baroni, empreendedor, investidor e sócio do projeto AGF (Ações Garantem o Futuro), para que ele explicasse, de forma bem didática, como funciona e o que significa investir na Bolsa de Valores.

“Investir na Bolsa de Valores significa investir em empresas que praticamente movem o Brasil. Empresas do setor bancário, de papel e celulose, de energia. De todas essas empresas você pode comprar ações e os preços são acessíveis. Não precisa de muito dinheiro para comprá-las. A Bolsa de Valores é uma ferramenta com a qual você consegue acessar bons projetos, boas empresas, ser sócio dessas empresas e ganhar junto com elas, com o passar do tempo”, explicou.

Em maio, o número de brasileiros cadastrados na Bolsa de Valores atingiu dois milhões de pessoas, passando, em menos de dois anos, de 700 mil para este total, fato nunca acontecido antes. Mas ainda é pouco, se considerada a população do país de 210 milhões de pessoas.

“O brasileiro investe pouco na Bolsa por não ter uma educação financeira adequada, por achar que a Bolsa é um cassino, é jogo, e desconhece ser ela um instrumento que pode aposentar, e até enriquecer, qualquer pessoa”, disse.

Fábio tomou como exemplo de enriquecer investindo na Bolsa, o economista e advogado Luiz Barsi, o maior investidor individual brasileiro que, em sua infância foi engraxate e se tornou bilionário usando a estratégia conhecida como carteira previdenciária que é, na sua essência, comprar boas empresas, que paguem bons dividendos a bons preços.

Vasculhar na RI

“As pessoas precisam procurar mais informações e saber que a Bolsa é para todos. Trata-se do instrumento de geração de renda mais democrático que existe no país. Se você separar um pouquinho de dinheiro todo mês e passar a comprar boas empresas, que paguem bons dividendos, vai usar esse instrumento a seu favor. Vai começar a fazer o juros sobre juros se tornarem uma bola de neve de lucros”, garantiu.

De acordo com Fábio, os passos para se investir dinheiro na Bolsa não são muitos. Primeiro abre-se uma conta numa corretora e todo mês aplica-se um pouco de dinheiro na compra de ações que paguem bons dividendos. Com o tempo esses dividendos devem ser reinvestidos gerando ainda mais dividendos.

“E o principal numa aplicação é ter paciência, porque os dividendos não vêm do dia para a noite”, alertou.

A melhor maneira de se localizar boas empresas é entrar na seção RI (Relação com Investidor) no site dessas empresas e saber o que fazem, a história delas, há quantos anos existem, e como pagam os dividendos.

“É um belíssimo passo para começar. Existe um profissional que faz isso, o corretor, mas ele ganha comissão sobre esse tipo de trabalho. O ideal é visitar canais didáticos. O canal do ‘Ações Garantem o Futuro’ tem mais de 200 vídeos tutoriais, inclusive entrevista com Luiz Barsi. A própria pessoa deve aprender a escolher as empresas que vai comprar”, ensinou.

Um dos setores mais seguros para se investir, ainda segundo Fábio, é o de energia elétrica. Durante essa crise da pandemia o setor continuou lucrando, porque o consumo de energia elétrica se manteve, e até aumentou, então as empresas não mudaram a política de distribuição de dividendos, pois continuaram lucrando.

Três qualidades

Ainda sem conhecer a realidade dos investimentos na Bolsa de Valores, muitas pessoas continuam a guardar dinheiro na velha poupança, mas Fábio não considera a poupança um investimento.

“Nunca foi interessante investir na poupança, ou em qualquer outro investimento de renda fixa. Renda fixa é perda fixa. Hoje o rendimento da poupança é de 2% ao ano. Em um ano o combustível sobe muito mais do que 2%, ou seja, seu dinheiro está sendo corrigido de uma forma a você perdê-lo dia a dia. As boas ações crescem muito mais não só de cotação, mas de dividendos. Tem ações que cresceram, nos últimos dez anos, mais do que dez vezes o número de dividendos. Investir em ação também é uma forma de se defender da inflação”, garantiu.

São diversos os valores das ações, de centavos a R$ 5, R$ 10, R$ 30. Muita gente acha que precisa ser milionário para investir na Bolsa, mas qualquer pessoa pode investir e fazer da instituição um grande instrumento para geração de renda passiva. Luiz Barsi é um exemplo de investidor que ficou bilionário. Mas ninguém fica rico do dia para a noite. Nem ele ficou.

“Investir na Bolsa requer ter três qualidades: disciplina, paciência e consistência. Você deve investir um valor que não vai lhe fazer falta, como se estivesse pagando algo para você mesmo no futuro, e vai ‘colocando’ em boas empresas. Essa estratégia garante o seu futuro, com certeza”, finalizou.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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