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ACA reconhece e é reconhecida

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Em noite de comemoração dos seus 147 anos, a ACA (Associação Comercial do Amazonas), homenageou no encontro anual de entidades, personalidades que somaram com o comércio e com os princípios da entidade. A solenidade foi realizada ontem (18), no auditório da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas).

Na ocasião, foram homenageados Antônio Kizem, um dos diretores da empresa Antônio Rodrigues & Cia. Ltda, companhia que completou 61 anos de existência e empregou diretamente 150 colaboradores. Rodrigues Armando Silva Dib, empresário que fez de pequeno negócio, chamada Casa Universal Ltda, reconhecida no comércio de atacado e varejo; o presidente da Faea (Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas) Muni Lourenço Silva Júnior ; Osvaldo Cruz Hagge, que há 41 anos dirige a empresa Comac Importação e Exportação Ltda, especializada em revestimentos e porcelanatos e Rui Félix dos Santos, diretor e membro titular do Conselho Fiscal da ACA.

Para o presidente da Assembleia-Geral da ACA, Ismael Bicharra, a história da associação confunde-se com a história do Amazonas, e destacou seu grande papel para a criação de outras classes representativas, desde o comércio e setor primário ao segmento de serviços e indústrias.

“A ACA foi a grande protagonista de mudanças procurando soluções para melhorias do Amazonas. Temos muito orgulho do seu legado e dos homens que passaram por lá que ajudaram a construir nossa economia. O crescimento econômico do Amazonas confunde- se com desta associação. Por meio dela que o Estado iniciou o desbravamento das feiras internacionais no mundo. Por meio dela, que nosso Estado controlava todo embarque de insumos para o mundo. Somos o único órgão técnico construtivos reconhecida como entidade de utilidade pública pelos governos municipal, estadual e federal”, disse.
Segundo o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, cada aniversário da ACA representa uma reflexão à sociedade entender o papel das entidades na formação econômica do Estado do Amazonas. “A ACA é a nossa árvore-mãe de onde saiu o Cieam, a Fieam, o comércio e é onde nós tivemos os grandes pioneiros do Amazonas, vale destacar a figura lendária de Cosme Ferreira que foi um de seus dirigentes por muito tempo em um momento em que o Amazonas se recuperava”, frisou.

Périco relembrou toda a trajetória da associação e o seu protagonismo de ser reconhecida pelo Governo brasileiro como promotora do desenvolvimento, que trouxe investidores para diversificar e encontrar saídas efetivas para o destino da economia do Amazonas.

“A ACA é a nossa referência e é a entidade mais atrelada a nossa história, principalmente para atrair investidores e diversificar a nossa economia. Parabéns à ACA, parabéns ao seu dirigente maior, o nosso amigo Ataliba Antônio Filho, companheiro de confiança e de liderança que está renovando a instituição e nela buscando atrair os seus associados para inaugurar novos caminhos, longa vida à nossa árvore-mãe, Associação Comercial do Amazonas”, ressaltou.

Atual presidente e reeleito para o triênio 2018 a 2021, Ataliba David Antônio Filho, destacou todo o comprometimento da associação em lutar pelos interesses do segmento e contribuir para o crescimento dos setores no Amazonas. “Somos entidade pioneira de classe, desde a época da borracha. O desafio de manter a entidade foi difícil. Vamos continuar lutando para buscar o desenvolvimento dos setores”, disse.
Escolhido por aclamação a chapa única, Ataliba Filho reforçou sua responsabilidade de desenvolver uma entidade sustentável para continuar lutando para o interesse do comércio. “Mantemos nossa determinação em seguir numa gestão baseada no diálogo, buscando cada vez mais estreitar os laços de apoio aos interesses dos comerciantes, sempre evidenciando o melhor para a nossa capital e o nosso Amazonas,” afirmou.

Criada pelo comerciante José Coelho de Miranda Leão, em 18 de junho de 1871, a ACA tem mostrado desde a sua fundação, um papel fundamental para reivindicar e incentivar as atividades econômicas de todos os setores. O órgão conta atualmente, com cerca de duzentos e vinte associados que são empresários preocupados com o desenvolvimento da classe e da expansão do comércio. Já passaram pela ACA personalidades como Emílio Moreira, Miranda Leão e Guilherme Moreira que são reconhecidos na atualidade por darem nome a algumas das principais ruas do centro de Manaus. José Coelho de Miranda Leão, João José de Freitas Guimarães e Guilherme Moreira foram os presidentes de 1871 a 1880 iniciando a longa e fulgurante caminhada de sucesso e de realizações desta augusta Instituição.

Linha do tempo Associação Comercial do Amazonas 1891 a 1967

1871 – Fundação da Associação Comercial do Amazonas, quando a província tinha vinte anos de existência e Manaus com 17 mil habitantes. Situava-se na esquina da rua das Flores (atual Guilherme Moreira) com a Travessa da Glória (atual Quintino Bocaiúva)

1872 – Foi pedido ao Congresso um benefício fiscal para o Amazonas de isenção de direitos sobre mercadorias estrangeiras.

1873 – Pede melhor critério na formação da pauta de mercadorias, base de incidências de impostos. E faz o pedido de prorrogação dos impostos dos comerciantes de Serpa (Itacoatiara).

1879 – Reclama contar a demora do serviço postal no Estado

1881 – Solicitou a criação de um Banco e a construção de um armazém junto ao Cais em apoio à exportação.

1884 – Solicitou ao Imperador facilidade nos despachos de importação que já aconteciam no Rio Grande do Sul.

1890 – Abre subscrição para os flagelados da seca do Ceará.

1891 – Foi criada na sede da Associação Comercial a Junta Comercial do Amazonas.

1893 – Luta contra a tributação das companhias de seguros, que encarecem o frete para o interior.

1897 – Define para o Governo a instalação de trapiches e facilidades portuárias.

1899 – A ACA instala em sua sede o telégrafo ligando-se ao mundo inteiro.

ACA 1900 a 1950

1900 – O governador Plínio Ramos Coelho, retirou o subsídio, de que gozava a Associação, o que obrigou a extinguir os vários serviços prestados para adequar as despesas aos recursos atuais.

1903 – Recorreu às autoridade militares para fazer cessar conflito entre seringueiros peruanos e brasileiros na boca do Rio Chandless.

1908 – É lançada a Revista da ACA com sua história de serviços prestados ao empresariado.

1910 – Realizou o congresso comercial, industrial e agrícola.

1912 – Funda-se a Federação das Associações Comerciais. Solicitada à União uma rede de comunicações em Manaus.

1927 – É fundado o Banco Popular de Manaus.

1939 – É lançada a pedra fundamental da sede, durante a presidência de José Nunes de Lima, projeto do ex-presidente, engenheiro Aluízio de Araújo.

1943 – Tornou-se Órgão Técnico Consultivo do governo federal.

1967 – Criação da Zona Franca de Manaus, construção do aeroporto Eduardo Gomes, a Estrada Manaus – Caracaraí, criada a UA (Universidade do Amazonas), iniciada a Perimetral Norte abandonada posteriormente. Criado o CMA (Comando Militar da Amazônia), o Comando da Aeronáutica, a Base Naval, a instalação da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), do Distrito Industrial, do Distrito Agropecuário e a Transamazônica, hoje abandonada.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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