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Abrasel quer que o governo do Estado flexibilize as medidas restritivas

A Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas) faz hoje uma nova ofensiva para aumentar o horário de funcionamento em Manaus. A partir das 9h desta quarta-feira (31), a categoria fará uma manifestação em frente à sede do governo do Amazonas, na Compensa, zona oeste da cidade, para pressionar pela flexibilização nas medidas restritivas por conta da pandemia do novo coronavírus.

A mobilização foi costurada, na segunda-feira (29), durante um encontro com representantes de empresas de alimentação fora do lar, donos de lanchonete, restaurantes e de outros estabelecimentos similares.

É mais um round na luta de um setor que alega ser um dos maiores prejudicados pelos decretos governamentais para restringir as atividades comerciais e econômicas no Estado no âmbito das ações de enfrentamento à Covid-19.

Os últimos dados sobre o cenário econômico do segmento não são nada animadores. A Abrasel estima em mais demissões ao longo dessa segunda onda da pandemia no Estado. De março até dezembro de 2020, pelo menos 40% das empresas fecharam suas portas. E 30% dos trabalhadores foram demitidos. Antes, o setor chegou a empregar aproximadamente 160 mil pessoas, direta e indiretamente.

O último decreto do governo do Estado autorizou que bares e restaurantes retomassem parcialmente as atividades das 6h às 20 horas, de segunda a sábado, permitindo inclusive shows ao vivo com, no máximo, três integrantes nas bandas.

O delivery está autorizado a operar durante 24 horas e o drive-thru, também das 6 às 20h. As empresas argumentam ser inviável recuperar seus fluxos de caixa com a proibição do funcionamento à noite, período em que os estabelecimentos registram o maior número de clientes. E é a partir desses horários noturnos que vem a principal receita dos empresários.

As empresas do segmento não entendem por que continuam com restrições para funcionar em horários ampliados se a maioria dos outros setores da economia já vem operando normalmente em Manaus. E esse é o principal questionamento que será levado ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Protocolos à risca

O presidente em exercício da Abrasel, Jean Fabrizio, garante que as empresas cumprem rigorosamente as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Ele diz que a categoria fiscaliza rigorosamente os cuidados com a higiene e pune quem não segue à risca essas orientações sanitárias.

“Existem algumas empresas que não estão comprometidas com esses protocolos, mas a gente apoia que sejam exemplarmente punidas. Já está mais do que orientado o que se deve fazer”, afirmou. “Fazemos o espaçamento das mesas, operamos só com 50% de nossa capacidade. Disponibilizamos álcool em gel em todas as mesas, com as máscaras sendo usadas pelos atendentes, além de outras regras exigidas para o bem geral de todos”, acrescentou ele. “Então, está na hora de mais flexibilização para as empresas do setor”.

Segundo Fabrízio, a Abrasel lançou uma campanha (paralelamente às ações do governo) que orienta empresários do setor sobre como cumprir os protocolos de segurança exigidos pelas autoridades de saúde. “

“Apesar de sermos treinados para atender bem os clientes, somos rigorosos também com quem não cumpre as medidas. Nossa mobilização é para o retorno das atividades com moderação e muita responsabilidade. Essa é a orientação da Abrasel”, ressalta Fabrízio. “Precisamos nos manter vivos no comércio”, afirma.

No último encontro com representantes da Abrasel, o governador Wilson Lima disse que as medidas restringindo as atividades econômicas têm como base os indicadores de vigilância sanitária sobre a pandemia no Estado.

“O Amazonas nunca fechou todas as atividades. Sempre trabalhamos para encontrar um equilíbrio, ampliando a rede hospitalar e ao mesmo tempo mantendo o funcionamento do mínimo da economia para poder garantir emprego e renda. Hoje, recebemos os representantes da Abrasel para definir o que é possível estender no próximo decreto”, disse ele, na ocasião.

E agora a grande perspectiva é sobre o que vai mudar com essa nova manifestação pressionando por mais flexibilização nas ações de enfrentamento à pandemia.

Em Manaus, as lojas dos shoppings estão funcionando das 10h às 20h, de segunda a sábado – com 50% da capacidade na área interna e 70% no estacionamento.

Também de segunda a sábado, as academias funcionam das 6 às 16h, com 50% da capacidade. As aulas de zumba e outras de dança continuam, porém, proibidas para evitar aglomerações de pessoas.

Os flutuantes que operam como restaurantes foram autorizados a funcionar só com 50% da capacidade, de segunda a sábado, das 9h às 16h, com música ao vivo, tendo no máximo três integrantes nas bandas, sem permissão de danças.

O transporte intermunicipal de passageiros por vias fluvial e rodoviária está permitido com limite de 50% da capacidade. Mercadinhos e padarias funcionam das 6h às 20 h e lojas do comércio em geral, das 9h às 17h, também de segunda a sábado. A circulação de pessoas continua restrita das 21h às 6h.

Foto/Destaque: Divulgação

Marcelo Peres

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