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Abertura de novos supermercados cresce no AM

Abertura de novos supermercados cresce no Amazonas

Desde o começo da pandemia, o setor de supermercados e atacados manteve as portas abertas, diferente de outros segmentos não essenciais que tiveram impactos diferentes. Com isso, em direção oposta à crise, o segmento ganhou força e o modelo de expansão  aumentou 10% no número de novas unidades em relação ao ano passado.

O Amazonas possui mais de 700 lojas no setor. Somente em novembro e dezembro foram seis novas unidades, três destas, representam investimentos de mais de R$ 19 milhões, segundo a Amase (Associação Amazonense de Supermercados).  

Durante o ano houve a necessidade dessas aberturas, não só isso, mas os atacarejos são lojas que vendem muito mais para o interior e para os minimercados.Segundo Ralph Assayag,  vice-presidente da entidade. 

Muito diferente do comportamento das micro e pequenas lojas que atuam em outros nichos que tiveram mais de 1.500 fechamentos. “Não aguentaram a parte econômica, manutenção, mudança e na contramão disso, conseguimos essa capacidade de expansão, nos setores em geral tivemos mais de 28 estabelecimentos de médio porte onde chegamos a ter mais de 1.500 contratações fixas para o fim de ano”, comenta Ralph Assayag.

“A economia move com uma velocidade muito grande. Este ano foi positivo para os supermercados com meses que tiveram crescimento entre  2% a 3% ao mês. Mas também tiveram outros segmentos em destaque, por exemplo, o setor de material de construção que teve fechado num período, mas compensou essa perda de venda e deve  fechar o ano com saldo positivo’”. 

Nesse aspecto, ele reitera que uma série de segmentos que, apesar de suspensos, ganharam um incremento. “Tanto que a Receita do país bateu recorde nesses últimos quatros meses e é possível que a gente ainda consiga fechar em positivo. Porém a nossa preocupação é a mudança de repente de um decretos que tornem a fechar por conta do alto índice de crescimento da Covid-19 no Estado. E a qualquer momento o governador pode tomar medidas sérias e aí as projeções mudam os números levantados nas pesquisas”.

O crescimento desse mercado está diretamente atrelado aos fatores positivos, como explicou Azury Benzyon, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Manaus. “O pagamento do auxílio emergencial pago pelo governo federal durante alguns meses para mais de um milhão de pessoas no Amazonas, além da liberação do FGTS o que motivou as pessoas consumirem mais, logo acendeu a demandas pelos serviços. É uma cadeia de crescimento que desembocou dentro do setor supermercadista que acabou alavancando a economia como um todo. A economia se oxigenou devido essas vendas nas pequenas mercearias, supermercados e atacarejos”. 

Benzyon sustenta também que em 2021 não é possível prever se teremos  o mesmo crescimento. Isso porque com o fim da renda do governo uma parte da população vai voltar à realidade que tinha antes da pandemia. “Muitos deles não trabalham, não têm renda ou se tem, são pequenas. Infelizmente darão  um passo para trás porque muitos estão dependendo dessa ajuda e  não se preocuparam em tentar conseguir um emprego ou aproveitarem esse boom da economia para conseguir uma remuneração fixa. “Eu acredito que 2021 pode ser um ano mais difícil. Mas também o mercado pode se adequar de alguma maneira, isso é apenas uma percepção”.

Inaugurações 

O Grupo DB, por exemplo, inaugurou durante a pandemia o “Empório DB Recife”. Com 1,4 mil metros quadrados de área construída, a loja funcionará 24 horas e além dos tradicionais produtos encontrados nos supermercados, terá à disposição um mix de itens exclusivos e serviços como espaço sushi, lanchonetes e farmácia. O Grupo inaugurou também o “Empório DB V8”, totalizando 34 lojas.

“Em um período de retomada da economia, como empresa 100% amazonense, seguimos com o compromisso de investir e acreditar em nossa cidade, criando um serviço inovador na região Centro-sul de Manaus, ao mesmo tempo em que geramos novos postos de trabalho”, destacou Pedrosa, ao acrescentar que 250 empregos diretos e indiretos foram criados desde o início da obra até a contratação dos colaboradores que irão atuar nas operações da nova loja.

O supermercado Baratão da Carne também expandiu as suas operações. Durante a pandemia anunciou a inauguração do mais novo investimento.  O novo espaço segue o modelo dos grandes supermercados do eixo Rio/São Paulo, com mais de 4.800 metros quadrados de área construída.

A variedade de produtos divididos entre 14 departamentos oferece aos clientes uma grande diversidade de mercadorias. O estabelecimento dispõe de setores como padaria, bebidas, açougue, peixaria, defumados, papelaria, sorveteria e pet shop, entre outros.

O estacionamento coberto possui vagas para 200 carros, onde os motoristas podem deixar seus veículos em segurança no momento das compras.

O novo Baratão da Carne funciona de segunda a sábado, das 8h às 22h, e nos domingos das 8h às 21h.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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