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Abertura de empresas cresce 34% e deve chegar a 6 mil até fim do ano

O bom momento vivido pela economia local aliado à identificação de nichos e oportunidades de mercado, além do estímulo do empreendedorismo nos cursos superiores são alguns dos fatores que contribuem para atração de novos empresários ao Estado. Nesse cenário, o número de empresas constituídas no Amazonas cresceu 34% nos primeiros sete meses do ano em relação ao mesmo período período de 2007.
Dados da Jucea (Junta Comercial do Estado do Amazonas) apontam que, nesse perío­do, foram constituídas 3.800 novas empresas, enquanto no ano passado, no mesmo intervalo de tempo, a autarquia registrou a constituição de apenas 2.836 novos empreendimentos formais.
O secretário-geral da Jucea, Edmilson da Silva Barbosa, atribui inclusão de novas empresas no mercado amazonense ao momento favorável de crescimento por que passa a economia local. “O fator econômico é um dos principais impulsionadores para a criação de empresas, e se ele se mantiver estável, projetamos que 6 mil novas empresas deverão estar em atuação no Estado até o fim do ano”, pontuou o secretário, informando ainda que, atualmente, existem aproximadamente 157 mil empresas no Estado do Amazonas.
A analista da área de atendimento individual do Sebrae/Am (Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas do Amazonas), Fernanda Gretz concordou com o secretário-geral, mas destacou outros aspectos, como a redução dos entraves burocráticos para abertura do próprio negócio e a falta de mais oferta de trabalho, que leva o desempregado a criar novas alternativas de geração de renda.
“Abrir o próprio negócio é uma das alternativas para combater a dificuldade da recolocação no mercado de trabalho, e também podemos destacar que o impacto positivo provocado pelo pela Lei Geral, em vigor desde dezembro de 2006, que diminuiu consideravelmente a burocratização, estimulando a legalização de empresas e novos negócios”, atribuiu a analista.
Na contramão desse avanço de oportunidades, a Jucea contabilizou um montante de 835 registros de extinção de janeiro a julho deste ano, número maior que o registrado durante o mesmo período de 2007, quando a Junta Comercial do Amazonas registrou a extinção de 649 empresas.
Segundo Fernanda Gretz, o aumento no número de empresas que fecharam as suas portas ocorreu por uma série de fatores, como a pouca afinidade com o negócio, dedicação reduzida, falta de conhecimento do mercado e problemas de gestão empresarial, que impactaram de forma negativa no ramo empresarial.

Comércio é o que mais se destaca

O dirigente da Jucea informou que o setor que mais se destaca na quantidade de empresas constituídas no Amazonas é o segmento comercial. Mas ao mesmo tempo em que cresce, o setor também é o responsável pelo maior número de exclusões de negócios no Estado.
No entendimento de Edmilson Barbosa, a principal dificuldade que o setor comercial enfrenta é a falta de estrutura deficiente. “O comércio local não oferece atendimento necessário nem para os compradores locais, nem para os turistas”, destacou Edmilson, que informou também que a solução adequada para reverter esse quadro é investimento em treinamentos, principalmente em atendimento para os funcionários do setor.
Segundo a direção do Sebrae, todo negócio apresenta uma margem de risco calculado, característica do empreendedor moderno. “A instituição atua principalmente na minimização dos problemas enfrentados pela classe empreendedora, por meio de orientações, capacitações, consultorias e programas de acompanhamento e desenvolvimento do empresário em Manaus e no interior do Estado”, frisou a analista da instituição.
Atualmente, os empresários têm buscado cada vez mais informações para a administração de negócios. “Nas empresas constituídas, o empresário está mais atento à satisfação de seus clientes, e em meio a grande competitividade entre empresas, os empreendedores estão constantemente buscando aprimorar seus produtos e serviços. Já os que tiveram seus negócios excluídos, quando decidem voltar ao empreendedorismo, retornam com mais conhecimentos e ficam atentos para não cometerem os mesmos erros”, pontuou Fernanda.
Para ter acesso aos serviços de apoio que o Sebrae oferece, o empreendedor deve comparecer aos diversos pontos de atendimento ao cliente na capital e no interior do Estado, ou obter informações por meio da Central de Relacionamento Sebrae, através do número 0800 570 0800.
A Jucea é uma autarquia responsável pelo registro mercantil de empresas no Amazonas, e realiza serviços como, constituição de empresas, emissão certidões, mudanças de nomes empresariais, constituição de sociedades, entre outras atividades ligadas ao registro do comércio. Em novembro, a autarquia passará a atender a seus clientes no prédio da antiga Defensoria Pública, na rua Major Gabriel.
Edmilson Barbosa frisou ainda que a Jucea estará digitalizando o seu sistema para constituir empresas no mesmo dia da solicitação, e não no prazo de três dias, como funciona atualmente. “O processo deve ser concluído nos próximos 40 dias”, finalizou o secretário-geral.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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