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ABC quer incentivo à participação de pesquisadores estrangeiros no país

A ABC (Academia Brasileira de Ciências) defende que o Brasil abra as portas para jovens pesquisadores de todo o mundo, em nível de pós-doutorado. Projeto nesse sentido foi encaminhado ao governo federal pela entidade, visando atrair novos talentos, mas, segundo o presidente da entidade, Jacob Palis, ainda não há resposta se houve receptividade para a proposta. “Nós (o Brasil) podemos fazer isso muito bem. Acho que isso oxigenaria as nossas instituições de pesquisa. Está na hora de promovermos a imigração de cientistas”, afirmou.
Palis sugeriu que a remuneração oferecida aos pesquisadores estrangeiros poderia alcançar R$ 7,5 mil por mês com bolsas de estudo. “Com essa remuneração, nós vamos competir com a Europa inteira. Isso dá mais de 3 mil euros. E, lá fora, os novos cientistas estão ganhando em torno de 2 mil a 2,3 mil euros por mês. Se nós dermos o enxoval em pesquisa, vamos longe”, disse.
A ABC nesses dias 2 e 3 de maio está promovendo sua Reunião Magna anual, onde serão empossados os membros eleitos para o próximo mandato. No evento, também ocorre a entrega do Prêmio Nacional de CNPq (Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico). Este ano, o prêmio vai distinguir o neurocientista Iván Izquierdo, membro da diretoria da ABC.
De acordo com Palis, para difundir suas atividades por todo o país, a ABC criou as vice-diretorias do Norte, Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo, Sul e Minas/Centro-Oeste.
Este ano, a academia completa 95 anos de existência e os preparativos para a comemoração do centenário já foram iniciados. O governo do Estado do Rio de Janeiro cedeu um prédio tombado próximo à Igreja da Candelária, no Centro da capital, para abrigar a sede da entidade.
Como o prédio precisa de reformas, Palis iniciou uma campanha de sensibilização do empresariado privado para firmar uma parceria que resulte em investimentos nas obras e na manutenção do edifício. Segundo ele, a meta é dar à ABC uma sede compatível com o desenvolvimento da ciência no país, a exemplo do que ocorre inclusive em países emergentes como o Brasil, caso da China. “Todos têm uma sede que honra a ciência do país. Aqui, nós estamos em um modesto andar, em um prédio comercial, no Centro da cidade”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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