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5G deve chegar a 1 bilhão de pessoas já em 2020

5G deve chegar a 1 bilhão de pessoas já em 2020

A fabricante sueca Ericsson divulgou um relatório com as perspectivas para adoção do 5G, destacando que a nova tecnologia alcançará uma cobertura de um bilhão de pessoas já neste ano. A especialista em infraestrutura de telecomunicações divulgou ainda uma estimativa de 220 milhões de assinantes da quinta geração, número que deve chegar a 3,5 bilhões em 2026.

Nos próximos seis anos, o 4G/LTE deve continuar como a principal conexão de dados móveis ao redor do mundo. A quarta geração respondeu por cerca de 57% das conexões de dados no terceiro trimestre deste ano e, segundo a gigante sueca, deve alcançar um pico de usuários em 2021, com 4,8 bilhões de assinantes, caindo para 3,9 bi em 2026.

A pandemia da COVID-19 levou a Ericsson a rever para baixo suas estimativas de acessos móveis, com uma previsão de 8,8 bilhões de assinantes em 2026. Deste total, 3,5 bilhões utilizarão conexões 5G.

As previsões da companhia sueca apontam ainda que a velocidade de adoção do 5G será ainda maior que a do 4G. Entre os fatores apontados para a popularização acelerada estão o forte investimento da China na nova geração, além da pronta adoção por operadoras e fabricantes de aparelhos.

Mesmo com a rápida adoção inicial dos chineses e sul-coreanos, o 5G deve ganhar força mais rapidamente nos países da Europa ocidental e Estados Unidos nos próximos anos. Enquanto a tecnologia deve responder por 66% dos acessos no nordeste asiático em 2026, a participação das redes de nova geração deve ser de 68% nos países europeus e de 80% na América do Norte, segundo o relatório.

Para a América Latina, o 5G deve tomar espaço principalmente das conexões de segunda e terceira geração, alcançando 26% dos acessos em 2026. Até lá, o 4G/LTE deve perder apenas três pontos percentuais dos 59% de participação previstos para 2020.

Apesar do 5G não responder pela maior parte dos acessos em 2026, o estudo prevê que o tráfego da nova tecnologia responderá pela maioria dos dados móveis no planeta. As velocidades mais altas da quinta geração resultarão em um volume de tráfego de 54% para o 5G daqui a seis anos.

Mais gamers em celulares do que em consoles

Entre os outros usos da nova geração identificados pela Ericsson estão os games online e na nuvem. Os tempos de resposta mais curtos do 5G devem viabilizar os novos serviços de streaming de jogos — Microsoft Xbox Game Streaming, Google Stadia, Amazon Luna, Playstation Now, Nvidia GeForce Now, etc —, com a promessa de gráficos equivalentes aos dos consoles ou PCs direto no celular.

Apesar de ainda encontrar preconceito no ocidente, o mercado de jogos no celular deve responder por 50% do faturamento global do setor em 2020, com mais de 2,4 bilhões de jogadores ao redor do planeta. O volume é maior do que o encontrado nos consoles, e é puxado principalmente pelo continente asiático.

Outros mercados potenciais para o 5G frequentemente citados — IoT e FWA — também estão presentes no relatório da Ericsson. O primeiro, da chamada “internet das coisas”, deve ganhar mercado principalmente em usos industriais e aplicações críticas, sem necessariamente utilizar as redes públicas das operadoras.

Já o FWA — acesso fixo sem-fio, em tradução direta da sigla em inglês — deve ganhar espaço como alternativa à banda larga fixa tradicional (cabo ou fibra óptica), especialmente em regiões com menor concentração de pessoas, onde a instalação dos cabos pode não trazer o retorno esperado pelas operadoras. A tecnologia foi escolhida pela TIM para estrear sua rede 5G no Brasil, permitindo que o assinante instale a conexão sem aguardar a visita de um técnico.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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