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13º anima trabalhadores para compras no fim do ano

13º anima trabalhadores para compras no fim do ano

Mais de R$2 bilhões devem ser injetados na economia do Estado, com o pagamento do 13º salário. Porém, diferente do ano passado, o importante aliado para equilibrar as dívidas dos brasileiros vai ter outro destino este ano é o que confirma uma pesquisa divulgada pela CDL Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus).

Ao menos 28,2% dos amazonenses pretendem gastar parte do benefício para ir às compras e investir em  itens de vestuário. Já os presentes e brinquedos estão na lista de 15,8% dos entrevistados, 14,8% vão gastar com calçados e a tradicional ceia natalina vai ser a opção de 10,5%. As dívidas que já foram prioridades para a utilização do auxílio, aparecem em quinto lugar, citadas por 10,07% dos entrevistados. 

Um outro levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em parceria com a Offerwise Pesquisas, 32% dos trabalhadores pretendem utilizar o 13º salário para comprar presentes de Natal e 21% gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto 30% pretendem economizar e 21% pagar contas básicas da casa.

Para o presidente da CDL-AM, Ralph Assayag, o que reforça esse comportamento é que a motivação de investir num presente está atrelada ao ano difícil que as pessoas tiveram. Com isso, estão precisando ter um relacionamento de presentes, de carinho e estreitamento entre si. “Elas estão muito mais propensas a comprar do que dar prioridade para as dívidas. Mas não quer dizer também que vão deixar de lado seus compromissos. A única coisa que as pessoas estão precisando, neste momento, é desse carinho dado que vai ser via presente”. 

Cautela

O economista Vitor Nunes, ressalta que mesmo com  a situação da alta do endividamento, ele atribui a mudança de comportamento como um sentimento de melhora da economia alinhada à confiança dos empresários e dos consumidores. ”Mês de novembro e dezembro basicamente é um mês de recuperação forte de alguns setores da economia como varejo e construção civil. Isso pode ser atribuído a esse excesso de dinheiro circulando na economia por conta de incentivos ou por conta desse incremento de crédito que foi ocasionado por conta da taxa de juros mais baixas”, considera. 

Conforme Nunes, pagar as dívidas continuam sendo prioridades sim. Inclusive, ele orienta que as pessoas façam isso. Ou paguem as suas dívidas ou repactuem, poupem uma parte do benefício para despesas que exigem no início do ano como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar.

Quem também reforça que é preciso fazer planos para boa utilização do 13º salário, é o economista Marcus Evangelista. Se tem dívidas que cobram juros mensais, o correto é quitar esses compromissos. Porém, se não está com dívidas e nem com o nome negativado, não vejo problema em satisfazer a vontade de ir às compras.   

Outros números

O levantamento realizado pela CDL Manaus, revela ainda que apenas 18,6% dos entrevistados não possuem nenhuma dívida; 32% devem menos de três parcelas de suas dívidas; 24,2% entre quatro e cinco; 12,8% devem entre seis e dez parcelas; 7,7% entre onze a quinze; e 4,4% devem mais que quinze parcelas. 

Durante 2020, 60,3% dos entrevistados contraíram dívidas parceladas, enquanto 39,7% dos entrevistados estão sem dívidas.

No ano passado, 26,5% dos entrevistados disseram que utilizariam o recurso do 13º para pagar dívidas; 19,8% para comprar itens de vestuário; 13,6% para comprar calçados; 11,8% optaram por comprar itens de alimentação; e 6,4% responderam que utilizariam o recurso na compra de materiais de construção e reforma.

Em 2020, o percentual de entrevistados por gênero também foi ouvido, o estudo constatou que os homens e mulheres irão presentear igualmente nas festividades de fim de ano. No quesito vestuário, 26,7% dos homens responderam que vão presentar nesse período, contra 25,3% das mulheres. Em contrapartida, quando se fala em calçados, as mulheres saem na frente com 16%, contra 14,8% dos homens.

Mais de 600 mil pessoas receberão o 13º salário, que equivale em média R$ 2.108,77 mil por cidadão.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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