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XG: Butantan identifica nova variante recombinante da covid em São Paulo

O Instituto Butantan anunciou, na terça-feira (17), ter identificado uma nova variante recombinante do coronavírus SARS-CoV-2, a XG. O vírus mescla características e mutações de duas cepas, a Ômicron original (BA.1) e subvariante BA.2.

A descoberta é parte do trabalho de vigilância genômica da Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo instituto. A informação foi confirmada no boletim da 17ª Semana Epidemiológica.

O que sabemos sobre a cepa XG?

Anteriormente, casos da cepa XG foram identificados em outros países europeus, como Dinamarca, Alemanha e Reino Unido. Este é o primeiro caso registrado no Brasil, mas ainda não se sabe detalhes sobre o seu comportamento e de possíveis impactos das mutações.

“Todas as variantes recombinantes ainda necessitam de mais atenção nesta questão de disseminação. Há no mundo apenas 205 sequências da XG e isso é pouco em relação à população mundial e ao número de variantes que estão circulando”, explica Gabriela Ribeiro, bioinformata da Rede de Alerta de Variantes, em comunicado. No momento, não há motivo de preocupação.

O que é variante recombinante?

É importante definir que uma variante recombinante surge quando um agente infeccioso apresenta um pedaço de seu genoma provindo de uma linhagem parental e outro pedaço de uma outra linhagem distinta, como a XG (BA.1 e BA.2).

Entre os mais famosos, esta o Deltacron. A cepa é uma recombinação entre um vírus da variante Delta e um vírus Ômicron. Muito provavelmente, surgiu a partir de um caso de coinfecção — a pessoa foi infectada pelos dois vírus simultaneamente.

Se, após a recombinação, o vírus recombinante tem viabilidade biológica, ele se dissemina e infecta outras pessoas, isso caracteriza uma linhagem. No entanto, a maioria dos casos não evolui dessa forma e se limita a poucos infectados.

Mais variantes recombinantes em São Paulo

Em São Paulo, outras duas variantes recombinantes já foram identificadas, como a XE. Ela também é composta pela mistura das linhagens BA.1 e BA.2 da cepa Ômicron, mas apresenta mutações diferentes da recém-descoberta XG. No caso da XE, a variante recombinante foi descoberta, no mês de março, em um homem de 39 anos, morador de São Paulo e com esquema vacinal completo.

Em abril, a rede do Butantan encontrou a XQ, que surgiu a partir de uma mistura da sublinhagem BA.1.1 com a linhagem BA.2. O vírus estava presente nas amostras de um casal de São Paulo, que não tinha recebido a terceira dose da vacina contra a covid-19.

Fonte: Instituto Butantan  

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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