9 de dezembro de 2024

“Peixete” de jaraqui faz sucesso

A Amazônia é a nossa mais valiosa marca. O mundo inteiro já sabe disso. E está na hora de o amazônida se vestir de Amazônia. Dá para fazer isso ao usar peças feitas (de forma responsável) com materiais regionais, consumir nossas iguarias, apoiar nossos produtos sustentáveis da floresta e carregar por aí nossas belezas estampadas em bolsas, camisas e, porque não, “uma peixete”? Conheça a história de uma empresa que faz sucesso vendendo pochete em forma de peixe no bate-papo da semana do podcast/mesacast Jaraqui com Economia. A convidada foi a empreendedora Luzimeire Cavalcante que conversou com Michele Aracaty, em live transmitida diretamente do Jornal do Commercio.

Como a maioria dos brasileiros, Luzimeire Cavalcante começou a empreender por necessidade, após uma demissão preocupante. Formada em turismo, com especialização em gestão ambiental, a desempregada viu uma oportunidade de ganhar dinheiro, tirar seu sustento e ainda trabalhar nas duas áreas que mais vinham crescendo: o meio ambiente e o turismo. Assim nasceu a Arte Nativa da Amazônia. “Na época se falava muito da substituição das sacolas de plástico, por isso, resolvemos apostar num protótipo para carregar CDs e DVDs. Deu certo, passamos a atender a demanda de uma indústria e foi nosso primeiro dinheiro com bolsas ecológicas”, lembrou.

O processo comecou quando ela se juntou com o sócio e (agora) marido para reunir suas habilidades e criaram seu modelo de negócio. “Ele é um artista plástico e tem muitas habilidades com desenho. Começamos com sacolas ecológicas. Para linkar com a minha área e a dele”, conta.

Ela não sabia costurar e aprendeu com a sogra. Após isso ela fez muitos cursos no Senai para aprender sobre costura, curso de bolsas no Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas). Entrou na área da confecção de bolsas, com foco nas sacolas ecológicas para atender a demanda de seminários e workshops, seminários e eventos. “Gostávamos muito de trabalhar com as fibras naturais de juta e malva, produzido pelas comunidades de várzea. Nos aprofundamos na cadeia de produção da juta e da malva”, aponta. 

E assim começou. Hoje, o carro-chefe da empresa é a coleção peixes da Amazônia, que iniciou há 4 anos de forma despretensiosa. “Meu marido sugeriu trabalhar com estampa de peixes. Eu não queria. Mas, fui vencida”, diz. “Nossas inspirações vêm da fauna, da flora, da nossa natureza. Queremos mostrar nosso regionalismo que só o artista consegue ver. Começamos a trabalhar nossas sacolas com imagens amazônicas”, ressalta.

A coleção de peixes nasceu para ser um produto com a cara do Amazonas. “Fizemos, inicialmente, sete unidades de bolsinha de jaraqui e levamos para um evento e foi um sucesso. Depois levamos para nossa lojinha na feira da Eduardo Ribeiro e o sucesso veio na hora”, comemora.

A Arte Nativa da Amazônia, um empreendimento que nasceu por necessidade, hoje é um grande expoente em vendas de artesanatos com a nossa cara. Para eles, as cores, desenhos, formas, fauna e flora amazônica ainda se sobressaem a artistas como Van Gohg e Tarsila do Amaral, também presentes nas estampas de suas bolsas. Se você quer saber mais sobre este negócio, Vale a pena assistir na íntegra o programa, é só acessar o portal www.jcam.com.br, na área de vídeos.

Sobre o programa

O programa/mesacast Jaraqui com Economia, há 6 anos no ar, é um projeto de extensão das atividades da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), com parceria do Jornal do Commercio e UniNilton Lins, falando de economia, com possibilidade da participação de estudantes da instituição acadêmica e contribuição para o desenvolvimento regional.

A gravação e transmissão é realizada pelo site www.jcam.com.br e pelas redes sociais do Jornal do Commercio (@jcommercio). Vai ao ar às quartas-feiras com apresentação e produção dos docentes e economistas Mourão Júnior, Jefferson Praia e Michele Aracaty. 

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio

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