Cientistas estão dando passos importantes para a eventual fabricação de uma pílula oral para manter o açúcar no sangue em cheque em pacientes diabéticos, que precisam receber injeções de insulina regularmente, checando o estado sanguíneo e tendo inúmeras outras inconveniências por conta da condição de saúde.
Promissora, a ideia de uma pílula de insulina é antiga, mas fica impedida por conta da instabilidade do hormônio em questão: ele não passa pelo trato digestivo sem ser quebrado pelos ácidos estomacais, não conseguindo chegar até o sangue da forma necessária.
Para contornar isso, cientistas trabalham ideias como embalagens biocompatíveis que mantêm a substância protegida das enzimas da digestão e desenvolvendo pequenas moléculas de remédio que não se quebram, bem como cápsulas orais que injetam insulina por microagulhas.
Revelando segredos dos receptores
O maior avanço recente foi realizado por pesquisadores do Instituto Walter and Eliza Hall, que utilizaram crio-microscopia eletrônica para analisar moléculas complexas e minúsculas em detalhes mais minuciosos. Construindo simulações em 3D de receptores de insulina, os cientistas observaram como diferentes moléculas interagem entre si.