2 de novembro de 2024

Amazônia, proteger para prosperar: o debate sobre Bioeconomia

Augusto Rocha, Denis Minev e Alfredo Lopes

A iniciativa do portal BrasilAmazoniaAgora, com apoio do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amaonas, “Bioeconomia, a hora é agora”, reflete uma busca do entendimento coletivo sobre a urgência e a importância de agir em prol de uma economia que valorize a inclusão social, a distribuição justa de oportunidades e a preservação ambiental na Amazônia. A troca de ideias e propostas durante o evento ilumina caminhos possíveis para avançar em direção a esse objetivo, reforçando a necessidade de estratégias que contemplem tanto a visão de longo prazo quanto ações imediatas.

Em sua pontuação conclusiva, o professo Augusto César Rocha destacou a relevância de uma colaboração efetiva entre o setor público e privado, para a alocação de recursos orçamentários para incentivar a pesquisa e a inovação, atraindo investimentos e talentos que possam contribuir para o crescimento de uma bioeconomia robusta. Uma oportunidade emerge da proposta de reunir esse coletivo de mentes brilhantes: formular dez ações concretas que refletem nossas soluções consensuais, publicando essas ideias como um documento estratégico para orientar políticas públicas e estratégias empresariais.

Como recomendação, convidou seus pares a consolidar os resultados do debate em um documento estratégico – um Caderno de Competitividade da Indústria do Amazonas – que ofereça um roteiro concreto para a implementação de políticas públicas e estratégias empresariais voltadas para a sustentabilidade e a competitividade.

Denis Benchimol Minev, reforçou essa visão, destacando a importância de transcender as preocupações imediatas para projetar um futuro desejável para a sociedade, o meio ambiente e a economia. O apelo à reflexão sobre as ações necessárias hoje para garantir um amanhã próspero evidencia uma consciência crítica sobre a responsabilidade atual na construção de um legado sustentável para as gerações futuras. Denis incita a todos a participarem ativamente desse processo de transformação, enfatizando a necessidade de definir metas claras e ambiciosas.

 Revelou sua expectativa pessoal, o desenho de  um futuro próximo com mudanças estruturais e qualitativas no INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, formado pelas mentes e saberes dos indígenas e ribeirinhos, talentos aptos a  transformar os bioativos da floresta em oportunidades sustentáveis de prosperidade social, sinalizando a convicção de que precisamos de um novo olhar para as oportunidades de que dispomos a fim de definirmos em conjunto o lugar aonde todos queremos chegar, o que precisamos fazer e com quem podemos contar.

Alfredo Lopes, ao encerrar o debate, traz uma perspectiva coloquial que enraíza as discussões técnicas e estratégicas em um sentimento de comunidade e propósito compartilhado. Sua ênfase na “visão de farol de milha”, capaz de penetrar a neblina das incertezas presentes para enxergar um futuro promissor, ressoa como um chamado para que todos – indivíduos, organizações e governos – unam esforços no sentido de realizar esse futuro. A gratidão e o reconhecimento expressos na direção dos participantes refletem o valor do diálogo, da determinação e da inovação como motores de mudança.

P.S.

Algumas dicas, recomendações, pós-evento, além de perguntas vindas dos internautas que frequentam a temática, merecem citação porque ilustram uma inquietação antiga e sempre nova construir mudanças de paradigma do desenvolvimento regional sustentável da Amazônia. A saber:

·      Identificar e catalogar projetos, pesquisas, e recursos financeiros já disponíveis que possam ser imediatamente aproveitados ou ampliados. A disseminação dessa informação poderia aumentar a visibilidade das iniciativas atuais e facilitará a colaboração.

·      Organizar encontros regulares envolvendo o setor público, privado, academia, e representantes da sociedade civil para discutir avanços, desafios e oportunidades na bioeconomia. Esses encontros podem ser virtuais ou presenciais, com o objetivo de manter o diálogo ativo e engajar diferentes atores.

·      Estimular a inovação e o empreendedorismo na bioeconomia por meio de concursos que desafiem estudantes, pesquisadores, e empreendedores a desenvolver soluções criativas para problemas específicos.

·      Criar e implementar programas voltados para a educação em bioeconomia nas escolas, bem como cursos de capacitação profissional e técnica para jovens e adultos. Isso inclui a elaboração de material didático específico e a formação de instrutores.

Contatos: [email protected][email protected][email protected]

Alfredo Lopes

Escritor, consultor do CIEAM e editor-geral do portal BrasilAmazoniaAgora

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