O agronegócio continua ditando a ordem do crescimento da economia brasileira. Aliás, o segmento responde, hoje, por pelo menos 60% do PIB (a soma de todas as atividades econômicas) do Brasil.
Sem dúvida, o setor primário é a principal força das comodities brasileiras no mercado internacional. Hoje, somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo, algo que projeta o País entre as maiores economias mundiais.
Beneficiada pela safra recorde de grãos e pela queda nas importações de combustíveis, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou agosto com superávit de US$ 9,767 bilhões, segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
O resultado é o melhor para meses de agosto e representa alta de 137,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.
Com o resultado de agosto, a balança comercial encerrou os oito primeiros meses do ano com superávit acumulado de US$ 63,322 bilhões, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O saldo positivo já supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões de todo o ano passado.
Em relação ao resultado mensal, as exportações cresceram levemente, enquanto as importações despencaram em agosto. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 31,211 bilhões para o exterior, alta de apenas 1,4% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 21,444 bilhões, recuo de 19,6% pelo mesmo critério.
Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e a maior demanda por minério de ferro contribuíram para a estabilidade, compensando a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo e de derivados foi o principal responsável pela retração.
Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses. Apesar da subida do petróleo e de outros produtos em agosto, os valores continuam inferiores ao mesmo mês do ano passado.
No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 15,8%, enquanto os preços caíram 11,6% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 7,6%, mas os preços médios recuaram 11,9%.
Ao comparar o setor agropecuário, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 43% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 17,5%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 3,1%, com o preço médio recuando 5,5%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 23,3%, enquanto os preços médios caíram 19,2%.
Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído, exceto milho doce (10,8%), café não torrado (17,4%) e soja (14,8%). Destaque positivo para a soja, cujas exportações subiram 3,2% entre agosto do ano passado e agosto deste ano. A safra recorde fez o volume de embarques do produto aumentar 44,2%, mas o preço médio caiu 20,4%.
Nota abre Perfil
Quebrando previsões…
Ao contrário de previsões mais pessimistas, a economia do Brasil avança, quebrando paradigmas em relação ao PIB, que é a soma de todas as atividades econômicas de um país. No primeiro trimestre deste ano, o índice de expansão foi três vezes superior ao previsto, surpreendendo os adeptos de conspiração que desenhavam um cenário extremamente negativo a partir da entrada em operação do novo governo central, hoje tão execrado por lideranças políticas ainda alinhadas com o Executivo anterior.
A prosperidade se alcança com medidas assertivas após um acurado estudo sobre os prós e contras de projetos econômicos. E, parece, que o atual Planalto está encontrando o caminho para alavancar o desenvolvimento, solidificando setores para gerar mais empregos e renda, permitindo melhor qualidade de vida à população. Independentemente de cores partidárias e ideologias, a principal meta é proporcionar condições ideais de investimentos, abrindo setores para a atração de novos negócios. E a pacificação é extremamente importante para impulsionar todos os atores de uma sociedade organizada.
Desempenho
A produção de petróleo puxou o resultado da indústria brasileira. O PIB registrou alta de 0,9% no 2º trimestre de 2023 em relação ao 1º trimestre. Em valores correntes, somou R$ 2,65 trilhões. Na comparação com o 2º trimestre de 2022, o crescimento foi de 3,4%, segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. As expansões nas atividades industriais (0,9%) e no setor de serviços (0,6%) contribuíram para o crescimento. Já a agropecuária recuou 0,9%
Desempenho 2
Outra perspectiva importante que anima a economia brasileira. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, o PIB vai crescer 3% em 2023 mesmo que não haja elevação da atividade no restante do ano. A informação consta em nota técnica divulgada nas sexta-feira (1º). O forte crescimento no começo deste ano mostra que, mesmo se não houver elevação da atividade para os outros trimestres do segundo semestre deste ano, o índice irá superar a atual projeção de mercado.
Criatividade
Boas previsões para o mercado de trabalho. Pelo menos 1 milhão de novos empregos devem ser gerados pela economia criativa até 2030, elevando, em consequência, a atual participação de 3,11% do setor no Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços fabricados no País. É o que indica levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria, núcleo de inteligência e análise de dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Hoje, o setor emprega hoje 7,4 milhões de trabalhadores.
Recorde
A Assembleia Legislativa celebra recorde em análise de matérias. No último mês de agosto, a Casa teve 38 matérias sancionadas pelo governo do Estado, sendo três Leis Complementares e 35 Leis Ordinárias. Destacam-se propostas voltadas à defesa das mulheres, racismo e saúde dos profissionais da educação. “Ações vão ao encontro da população feminina, que deseja uma oportunidade para um emprego, podendo prover seu sustendo e de seus filhos”, ressalta o deputado Felipe Souza (Patriota).
Prejuízos
A produção da ZFM pode estar por um fio. Marcada para a próxima segunda-feira (4), a greve dos servidores da Receita Federal ameaça a produção das fábricas instaladas no parque industrial de Manaus. O movimento pode impactar na suspensão e atrasos na chegada de matéria-prima para a fabricação de produtos destinados para o Natal e o Ano Novo, época do ano em que o mercado fica mais aquecido. As informações são de representantes do Sindicato dos Auditores Fiscais do Amazonas. Vem pressão.
Vaivém
Mais um capitulo em torno do #Sou Manaus Passo a Paço. O presidente do TCE, Érico Desterro, derrubou decisão do conselheiro Josué Cláudio de Souza Neto, autorizando a retomada das vendas de ingressos para o evento cultural. Os ingressos foram suspensos por Josué na última quarta-feira (30). Desterro acatou reclamação sobre a preservação do direito de defesa apresentada pela Manauscult (Fundação Municipal de Cultura e Turismo), organizadora da festa. Um vaivém de decisões.
Aprovação
Lula tem agradado a maioria da população. Pelo menos em São Paulo. É o que indica nova pesquisa do Datafolha, apontando que 45% dos moradores da cidade paulista consideram o governo dele ótimo ou bom, enquanto 25% o reprovam e 29% o avaliam como regular. Não souberam dizer o que acham 1%. O questionamento foi feito na terça-feira (29) e na quarta-feira (30), quando também foram aferidas avaliações de outros governantes e medida pela primeira vez a intenção de votos naquela capital.
Estiagem
A seca já castiga 24 municípios do Amazonas. A pior situação é em Benjamin Constant (distante 1.100 quilômetros de Manaus), na região da tríplice fronteira com Peru e Colômbia, entre as cidades peruanas de Petrópolis e Islândia, e a colombiana Letícia. Por lá, o rio vazou tanto que embarcações não conseguem aportar em Benjamin, impactando no abastecimento de produtos, principalmente de gêneros alimentícios transportados de Manaus para o interior do Estado. O governo precisa agir. E rápido.
FRASES
“Plano de contingência é crucial”.
Roberto Cidade (UB), deputado, sobre auxílio a cidades atingidas pela vazante.
“Veto de Lula no marco fiscal deve ser derrubado pelo Congresso”.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.