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Utilize do melhor da liderança situacional

Algumas coisas simples se tornam complexas. Nas corporações também é assim e deparamos com detalhes simples que se complicam. Um deles é a liderança e, de maneira mais específica, a liderança situacional, ou seja, saber usar cada estilo (autocrático, democrático e liberal) na dose certa e na hora certa.

O conceito de Liderança Situacional é bem simples e pode ser usado em situações diferentes, adequando-se a cada momento do processo de liderar. Desde o Estudo de Hawthorne, muitos ensaios feitos dentro do chamado Comportamentalismo Humano serviram para modificar os conceitos dentro das organizações. Vários modelos foram sugeridos e estudados ao longo da história do mundo corporativo. Mas o importante é sabermos como aplicar de forma prática no nosso dia a dia. Para isso, precisamos primeiro conhecer esses modelos.

Modelos 

O modelo Tannenbaum & Schmidt propõe três critérios para avaliar cada situação: a forma como o líder se comporta influenciada pela sua formação; as características dos funcionários e o clima da organização.

O modelo de Fiedler, pode avaliar em três termos de características: As relações entre líder e seguidores; o grau de estruturação da tarefa e o poder da posição.

Baseados em observações acerca da eficácia dos estilos de liderança, Paul Hersey e Kenneth Blanchard (1986), pesquisadores do Center of Leadership Studies, Califórnia, EUA, desenvolveram o modelo da Liderança Situacional, o qual parte da premissa de que a liderança eficaz é uma função de três variáveis: o estilo do líder (L), a maturidade do liderado (l) e a situação (s).

O modelo de Hersey e Ken Blanchard é sem dúvida um dos mais conhecidos modelos em termos de liderança situacional, é baseado em duas variáveis: o comportamento do líder (como ele orienta para as tarefas e como é o seu relacionamento com seus seguidores) e a maturidades dos seus subordinados.

A chave dessa metodologia é o nível de maturidade dos subordinados em relação ao desempenho com as tarefas, não em relação a sua personalidade. A maturidade consiste na capacidade de estabelecer objetivos e metas, aceitar as responsabilidades e a aptidão para desempenhar a tarefa solicitada, sendo que esse critério é avaliado pelo líder, visando saber se o subordinado tem experiência e formação para desempenhar a tarefa delegada.

Estilos de liderança

Esta ideia se divide em quatro estilos ou formas de liderança, juntamente com os quatro níveis de maturidade:

Comando: adequado a pessoas com baixo nível de maturidade (os subordinados não são aptos e não têm vontade de assumir responsabilidades), um comportamento específico para esse caso é dar ordens e com pouca ênfase no relacionamento;

Venda: esse estilo compreende alto nível de comportamento orientado para a tarefa e para o relacionamento (os subordinados mostram alguma vontade mas não se sentem preparados para assumir responsabilidades);

Participação: esse estilo orienta-se fortemente para o relacionamento mas com pouca ênfase na tarefa (os subordinados são capazes, mas não estão dispostos a assumir responsabilidades);

Delegação: esse estilo consiste em dar pouca atenção tanto à tarefa quanto ao relacionamento (os subordinados são capazes e querem assumir responsabilidades).

Um ponto forte dessa teoria é o reconhecimento da competência e da motivação como elementos-chave do processo de liderança, permitindo inferir os seguintes objetivos:

a) Motivar cada colaborador a assumir a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento e identificar suas fontes de poder utilizando-as, construtivamente, para gerenciar a si mesmo, seu cargo e seu gestor;

b) Obter um alinhamento entre missão pessoal e organizacional, o que leva à criação de sinergia.

Desenvolvendo pessoas na prática

A Liderança Situacional é um modelo para desenvolver pessoas e um meio para líderes ajudarem seus colaboradores a se tornarem autoconfiantes e obterem êxito.

É uma estratégia para liberar energia e criatividade na organização e alinhar metas individuais e organizacionais. Líderes Situacionais, assim como as pessoas que gerenciam, são pessoas mais habilidosas, mais adaptáveis e mais abertas a novos desafios.

Com seu poder de abrir canais de comunicação, a Liderança Situacional estimula os colaboradores a se dar a conhecer aos seus gerentes e comunicar o tipo de ajuda que precisam para se tornarem mais auto direcionados e automotivados.

O papel do líder situacional é fornecer aos colaboradores tudo o que for necessário – metas, direção, treinamento, apoio, feedback ou reconhecimento – para os mesmos poderem desenvolver suas habilidades, sua motivação e sua autoconfiança.

Para serem verdadeiramente eficazes, os estilos de liderança dos líderes devem se adaptar às habilidades e ao senso de comprometimento das pessoas que desejam influenciar.

Há pessoas que precisam de uma grande dose de direção por parte de um gerente. Para outras, o encorajamento e reconhecimento produzem os melhores resultados. E ainda há aqueles que só dão o melhor de si mesmos quando lhes é permitido tomar conta da situação.  A liderança de qualidade exige contínua reflexão, ação, feedback e prática que geram recompensas muito importantes para as organizações.

As pesquisas indicam que as pessoas que trabalham para líderes situacionais têm moral mais alto e menos estresse no trabalho. Essas pessoas enxergam o clima organizacional como positivo e percebem seu gerente como uma pessoa interessada no seu crescimento e desenvolvimento, assim como aberta a ideias novas. Sentem-se com mais poder e, portanto, mais dispostos a contribuir com suas ideias e sua energia.

Os líderes situacionais aprendem a usar as habilidades para desenvolver pessoas e, ao mesmo tempo, gerenciar a mudança e a diversidade. Também aprendem que não existe um estilo de liderança melhor, mas que existem atitudes melhores. Aprendem ainda as três habilidades de um Líder Situacional: diagnóstico e/ou mapeamento; Resiliência e Flexibilidade;
Canal de Comunicação e Feedback. Aprendem que liderança deve variar de estilo para estilo, de acordo com o mapeamento da situação. Além de aprenderem que a liderança é uma parceria – não é algo que se faça às pessoas, mas sim algo que se realiza e se constrói com as pessoas para se exercer influência sobre os comportamentos.

Vamos lá?

Boa semana e ótimo feriado!

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