Há momentos que ficam para sempre em nossa memória. Certamente aqueles vividos sábado passado, dia 05 de fevereiro de 2022, no lançamento do meu novo livro “Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente”, na Livraria Nacional, é um desses. Foi verdadeiramente um momento mágico, um dia feliz, um sonho realizado!
Publicar um livro nunca é tarefa fácil. Ainda mais no tempo em que estamos vivendo, num período de pandemia, na era digital. Poucas são as pessoas que buscam o livro físico. Muitos preferem o livro digital. No entanto, há experiências que somente o livro físico proporciona ao leitor.
Como autor de seis livros publicados, entre eles: “O primeiro olhar: A filosofia em contos amazônicos”; “O homem religioso: A jornada do ser humano em busca de Deus”; “Jesus e Ajuricaba na terra das Amazonas: Histórias do universo amazônico” e agora “Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente”, posso dizer que o maior dividendo de um escritor é ver sua obra sendo lida e comentada.
Da mesma forma, fazer o livro chegar até as mãos do leitor é um empreendimento que requer muito investimento, principalmente econômico, intelectual, social, político, emocional, afetivo, etc., e que nem sempre o resultado é satisfatório. Outrossim, nunca podemos renunciar os nossos sonhos. Ao contrário, devemos sempre lutar por eles, buscar realizá-los. Por isso, se você tem um sonho de ser escritor e publicar um livro, não desista. Vá à luta! As dificuldades são muitas, mas você será capaz de superá-la.
Um dia, – eu tinha quatorze para quinze anos –, quando eu disse para o irmão Luigi Cazzulani, o religioso da igreja que eu frequentava na época, que queria ser escritor e ele me deu o seguinte conselho: – “Estude. Estude muito. Leia. Leia muito. E quando você for escrever um texto, escreva exatamente aquilo que você gostaria de ler. Entretanto, nunca deixe-se levar pelos aplausos dos amigos”. Eu nunca esqueci dessas sábias palavras. Como aprendiz de escritor, tenho-as como um mantra, uma filosofia de vida!
De fato, o Irmão Luigi Cazzulani tinha razão. A verdadeira literatura rompe a barreira da amizade. Não importa a quantidade de amigos que você possui nas redes sociais, curtidas nos seus posts ou fotografias, o importante mesmo é a crítica sincera dos seus leitores.
Com efeito, devemos saber que nenhum livro é completo, perfeito. Existem erros e lacunas. Assim como a nossa vida. Não existe vida perfeita. Toda vida é feita de altos e baixos. Os livros também seguem essa mesma dinâmica, essa mesma lógica. O bom livro é aquele que ainda está sendo escrito…
Entretanto, os estudiosos da Teoria Literária dizem que todo livro é uma estrada de três mãos: do autor, do editor e do leitor. Quando há sinergia entre esses três sujeitos, existe maior probabilidade de o livro fazer sucesso. Sinceramente, não sei se o meu novo livro “Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente”, vai fazer sucesso. Sei que estou muito feliz com a sua publicação e com as análises que venho recebendo.
Recentemente recebi a seguinte mensagem de uma leitora: “Professor Lemos, li o seu novo livro e gostei muito. É realmente impressionante como as histórias narradas nesse seu livro têm o poder de tocar num dos temas mais doloridos da alma humana: a morte e, ao mesmo tempo, de nos devolver a esperança de viver novamente”. Diga-me, é ou não é de arrepiar? Quando recebo comentários como este sei que estou no caminho certo.
Por fim, quero agradecer a presença dos amigos que, ainda no meio de uma pandemia, não mediram esforços para marcar presença no lançamento do meu livro. Em nome de todas essas pessoas –, e foram dezenas –, escrevo aqui o nome do presidente da Academia Amazonense de Letras, o ilustríssimo Doutor Aristóteles Alencar. A todos vocês, o meu muito obrigado!