Após tempos difíceis passados por todas as sociedades do mundo com essa pandemia sanitária que ainda se arrasta, ceifando vidas preciosas, as pessoas necessitam sair, trabalhar, viajar, passear, divertir, viver mais, porém para realizar esses desejos terão que trabalhar mais nesse cenário de incertezas. As Economias precisam se desenvolver, crescer, criar mais empregos, gerar renda, somente assim as pessoas, os consumidores poderão realizar sonhos, satisfazer vontades, concretizar desejos.
O Turismo foi uma das atividades econômicas mais afetadas nesses tempos de pandemia, países foram obrigados a fechar fronteiras, viagens foram canceladas conjuntamente com reservas em hotéis, os prejuízos foram grandes. Conhecendo-se que o desenvolvimento econômico regional fundamenta-se em especificidades locais e parte da premissa de que aquilo que é pensado (ou é ocorrência como Recurso Natural) para um lugar não deve, necessariamente, ser para outro.
O turismo pode ser uma atividade viável e impulsionadora do desenvolvimento regional para determinada região e não ser para outra. O desenvolvimento econômico regional transcende a versão integradora, na medida em que ressalta vetores da transformação regional baseado no tripé que tem por base o território, onde grupos sociais se enraízam e por cuja base estabelece o enredamento entre diferentes lugares e setores econômicos que institui sistema organizacional fundamentado na cooperação e na coesão econômico social de uma região.
Essa pandemia causada pelo novo coronavírus, desde março de 2020, impôs uma brusca interrupção nos fluxos turísticos, uma vez que medidas de confinamento, distanciamento social, fiquem em casa, foram implementadas como recursos de controle à circulação do vírus. Já em abril de 2020, os destinos no mundo possuíam restrições de viagem relacionadas à COVID-19. Em apenas nos seis primeiros meses de 2020, as perdas pelas companhias aéreas, por exemplo, ultrapassaram US$ 84 bilhões (IATA, 2020). Repensar a nova arquitetura para turismo pós covid é tarefa de relevante importância, dadas as enormes perdas, vinculadas direta e indiretamente à Indústria do Turismo.
A brusca queda na demanda por destinos turísticos seguido pela grande onda de cancelamentos das viagens e de hotéis, aumentou a instabilidade financeira, trazendo o setor para pontos críticos, com desempregos e, gravame financeiro nas próprias regiões, sobretudo em localidades com maior dependência do turismo local. A Organização Mundial do Turismo, (OMT), destaca que após as dificuldades nos dois anos da pandemia “repensar totalmente o setor pode representar uma oportunidade” e como acrescenta sua Diretoria Executiva,“que a retomada da indústria turística global precisa de cooperação internacional e novas ideias”.
Nessa pandemia, as atividades da indústria do Turismo apresentaram e houve transformações em muitos países, passando da diversificação do turismo internacional para o doméstico. Com o processo de vacinação, o mercado de Turismo em geral já apresenta certo grau de recuperação, principalmente o ramo doméstico, porém está longe da normalidade e de lucratividade. Estima-se que a Indústria do Turismo represente 7,7% do PIB (Produto Interno Bruto), visto sua importância, procura-se entender os formatos mais adequados do Turismo no processo do Desenvolvimento Econômico Regional Local, tanto na criação de postos de trabalho, geração de renda, quanto no contexto sociocultural nas regiões, dentro das quais encontra-se os microterritórios onde ocorrem as ações receptoras das atividades turísticas.
Pois, no pós pandemia imediato, continua-se a olhar o prisma e pensar o turismo no horizonte, ainda que ainda não se saiba o que represente em termos prático e temporal pra frente, sem vislumbrar acontecimentos e fatos que estão a ocorrer na pandemia, os quais podem trazer novas estratégias para uma nova arquitetura futura, pois se reconhece outras dimensões para o turismo, que submetem os deslocamentos físicos, buscando entender o turismo na sua complexidade e amplitude em espaços virtuais ou das mobilidades imaginativas as quais poderão ganhar maior centralidade, em contraste com a impossibilidade dos fluxos turísticos convencionais.
Como no caso recente dos Navios Turísticos, nas impossibilidades de realização das viagens por contágio pandêmico, alerta-se para o risco de viajar, recomendando que turistas não irão ao destino. Sendo assim, as mensagens e imagens de destinos, locais, atrativos, cultura de povos, etc, continuam a alimentar uma dimensão imagética e imaginativa das mobilidades turísticas. Assim, de modo empírico, vislumbrasse um novo olhar nas áreas do turismo, que emerge das imposições barreiras da pandemia, diante das demandas turísticas de manterem os fluxos e fricções turísticos, atreladas à imagética e imaginativos dos atrativos virtuais, quanto pelas intenções de modular a fluidez através da circulação de mensagens e imagens de destinos turísticos. Mesmo reconhecendo a complexidade, proposições inovativas nunca são demais!