A Floresta e a imensidão geográfica da Amazônia é tema de prosas, versos e brigas no planeta. Mas, se discute e se escuta, e muito, as riquezas da Floresta Amazônica . Não se fala do povo da Amazônia. Ou seja, para o mundo, nós não somos prioridade. E a maioria dos “discutidores” não quer morar aqui e nem viver aqui. Mas, a nossa Floresta é tão gigantesca quanto desconhecida.
Aliada aos extremos dimensionais, carrega em si a maior biodiversidade de fauna e flora do mundo, além da inigualável riqueza dos seus rios. Sem falar na imensidão de riquezas minerais, incluído as reservas astronômicas de água doce. No entanto, a população que aqui reside se ressente de meios mais modernos de locomoção, pois a malha rodoviária é muito precária. Mas, boas estradas atraem pessoas e negócios. E isso é bom.
Por outro lado, muitas pessoas carregam a ambição desmedida e destroem o meio ambiente. Isso é ruim. Como equacionar a construção de estradas, agregando valor à logística, sem destruir a floresta, causando danos irreversíveis à humanidade? E o Direito de Ir e Vir dos amazônidas?
O asfaltamento da BR 319 é uma solução ao isolamento da Amazônia ou é o início da destruição total da floresta e do modo de vida do amazônida?
Há que se refletir, ainda, depois de mais de 40 anos em que se discute este tema? Será que uma estrada de 900 Km é suficiente para destruir mais de 5.000.000 de Km² de área de florestas na Amazônia?
Desenvolvimento e Sustentabilidade devem ser pensados por igual. Há que se encontrar formas de preservar a cidadania plena dos amazônidas e manter a biodiversidade em níveis aceitáveis.
E, observa-se que muitos países no mundo gritam pela Amazônia, mas não gritam pelo povo da Amazônia! Nesse aspecto, a trilogia Economia, Social e Meio Ambiente atinge o estado da arte nos estudos e projetos que envolvem a logística na Amazônia Ocidental.
No entanto, há que se pensar que o desenvolvimento acarreta inúmeras vantagens e algumas desvantagens. Há que se preparar para enfrentar o aumento de criminalidade e impor regras mais rígidas para a defesa da Floresta Amazônica.
E considerando que é apenas uma estrada, os meios de segurança do estado possuem expertise para proteger a população. E a parte da floresta já foi degradada quando da construção, como ocorre e ocorreu em todas as obras em todas as nações deste planeta.
Portanto, o asfaltamento é viável, sim! E garante aos habitantes do Amazonas e de Roraima o sagrado direito e ir e vir, como em qualquer Estado Democrático de Direito. Interessante que a maioria das posições contrárias tem origem em estranhos à Amazônia, ou seja, “pensadores” que não residem aqui. E muitos nunca pisaram neste nosso solo.