14 de setembro de 2024

Subestimar

Maia pode conhecer o Congresso, mas não lhe era dado o direito de ignorar as traições; muito menos acreditar que não ocorreria a chamada “liberação de verbas”; aspecto indissolúvel das eleições. Talvez seu erro capital fora ter tentado uma reeleição cônscio da vedação constitucional. Com um comportamento que sempre beirara a boçalidade Maia deixou-se, ainda, levar pela pseuda figura de um “rei” sempre convicto de que era o presidente da Nação. Maia não levara uma rasteira, apenas dormira o sono dos que se julgam dominadores, quando na realidade perdera dois anos em sua  vida que o conduzem ao ostracismo no meio político. Será reeleito em 2022 ou irá procurar sua Carteira Profissional de Trabalho? Com Maia o país perdera dois anos, eis que nunca tivera comprometimento com nosso futuro, ignorando sempre o Ministro da Fazenda.

Maia já fora tarde demais e será sempre lembrado por ter sido mais um que nada produzira de útil, além de usar de todos os privilégios  de uma casta que só envergonha o país. Temos muito a esperar de 2021; não apenas o volume de obras a serem concretizadas e entregues como já ocorrera nos últimos dois anos, mas todas as reformas apresentadas e engavetadas por Maia, num gesto antipatriótico. A qualidade de vida que o povo necessita há mais de  16 anos fora negada pelo lulopetismo  e depois por uma Câmara onde todos se preocupam mais com o  poder do que com seu eleitorado. Oportunistas que vendem até a alma em busca da eterna sobrevivência; reduzem a dignidade na certeza de que o futuro será eterno. Maia se fora e não vimos seu legado. Estará ele no subterrâneo de suas paixões ou na vala do silêncio?

A verdade só dói para os que se afastam dos princípios que regem a conduta do ser humano; o que se observa quando alguém se sente maior que o cargo e com isto busca comandar ofuscando terceiros. Maia fora péssimo para o governo federal e mais diretamente para o povo brasileiro, a quem dera as costas. Pagará caro em 2022 porque até lá será mais um dentro do DEM cujo comandante já se alia a Bolsonaro. A política também comporta seres inteligentes… e, assim, foram-se os anéis porque os dedos irão em 2022 quando o povo carioca acordar…

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT

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