Quem acompanha o que escrevo nas minhas colunas semanais em nosso Centenário Jornal do Commercio e no meu blog Thomaz Rural sabe o quanto fico feliz com essas atitudes de elevadíssimo caráter social. Uma simples união que demoramos décadas para colocar em prática. Um absurdo! Inaceitável! Que continue avançando, e só acabe quando não tiver mais desperdício de alimentos e ninguém passando fome no estado.
Parabéns ao governo do estado (Sistema SEPROR), à prefeitura de Manaus (SEMACC) e ao Programa Mesa Brasil/SESC. Quem passa fome sabe o que isso significa, mas quem ainda não sabe o que significa ficar sem comer, sugiro que façam uma visita, na hora do almoço, em uma das diversas cozinhas comunitárias que existem em Manaus. Não é mesmo minha amiga dona Marília Ribeiro? Será que estou errado? Que essa união na capital sirva de exemplo para outros municípios, pois também tem desperdício e também tem gente que não sabe o que vai almoçar no dia de hoje.
Aliás, esse programa de redução de desperdício tem que ser conduzido pela área que conhece do setor primário, que conhece o produtor rural e o caminho de toda a produção, seja local ou que vem de fora. Cabe a área social do estado apenas e tão somente indicar para onde devem ir as doações, pois é, de fato, junto com o Mesa Brasil/SESC quem verdadeiramente conhece a necessidade do destino dos produtos, dos alimentos, logicamente para as famílias em vulnerabilidade social, e são milhares no estado.
AM não precisa de Banco de Alimentos, pois já temos, e é gratuito!
Hoje, o SESC já tem uma estrutura nas dependências do Balneário que fica no Campus Elíseos adequada para servir de banco de alimentos, sem qualquer custo, pois em anos de parceria nunca cobrou um centavo, cultiva tão somente o lado social. Neste momento, o que precisamos mesmo é dessa parceria com a prefeitura para ampliar a estrutura de pessoal e transporte que envolve a coleta e separação dos alimentos arrecadados nas mais de quarenta feiras de Manaus, supermercados, no próprio produtor, entre outros, e que o coordenador, professor Carlos Henrique, da SEPROR, sabe exatamente todos esses caminhos. Em síntese, hoje, o Amazonas não precisa de Banco de Alimentos, pois já temos e é gratuito, e todo recursos financeiro deve ser investido em aumentar a estrutura de transporte, coleta, triagem e doação.
Além da parceria do Estado com a Prefeitura de Manaus e SESC/Mesa Brasil para ampliar o Programa de redução de desperdício de alimentos nas feiras de Manaus, outra boa notícia que trouxe o Plano Safra MANAUS foi a assinatura do termo de cooperação técnica entre a prefeitura de Manaus (SEMACC) e o estado (IDAM/Sistema SEPROR) para o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural para o setor primário de Manaus. Em conversa informal com uma das principais colaboradoras da SEMACC, que atuou recentemente no Sistema SEPROR, vem mais notícia boa pela frente. Vamos aguardar e divulgar.
É essa UNIÃO que precisamos, pois ainda temos muito mais pontos convergentes do que divergentes em nosso setor. E qualquer debate vamos deixar pra três meses antes das eleições, agora é momento de ajudar nosso produtor rural, de união de esforços para minimizar o abandono de anos.
Parabéns aos governos Wilson Lima e David Almeida!