6 de outubro de 2024

Se você não quer aprender, bau-bau!

A pessoa pensa que pelo fato de ter se graduado, feito um monte de pós-graduações, mestrado e doutorado já domina a área e que isso é suficiente para se dar bem tanto no mercado de trabalho quanto no mundo dos negócios. Ah! Que pena! Sinto informar que essa visão não faz mais parte desse momento que vivemos! E quem persistir em manter esse mindset está fadado a ficar no meio do caminho ou morrer na beira do rio! Um dos recados bem claros que a pandemia nos deixou é que é preciso aprender e reaprender o tempo todo!

Nada é pra sempre

Durante esse período, tivemos que mudar nossos hábitos, costumes, o modo como trabalhávamos, consumíamos e etc. Todas essas mudanças são acompanhadas por novos aprendizados, porque deixamos a zona de conforto e somos obrigados a nos adaptarmos à quarentena.

Nesse planeta em que tudo o imprevisível e incerto, a mudança constante é uma das poucas certezas. Então, o jeito é ter um comportamento mais flexível, dinâmico e que o desejo de aprender seja uma constante! Essa capacidade também é chamada de “learnability”, que nada mais é do que a capacidade de aprendizagem. No mercado de trabalho, essa capacidade representa o desejo em adaptar rapidamente o conjunto de competências de um profissional de modo que se mantenha empregável durante a jornada profissional. No empreendedorismo, essa capacidade de aprender é fundamental!

O mundo é mais do que enxergamos

Aprender inclui ouvir, estar aberto a novas visões e outros modos de fazer. Não existe uma verdade verdadeira assim como não existe o jeito certo de fazer, mas, estar com a mente aberta pode fazer toda a diferença na carreira ou mesmo na vida pessoal! Eu costumo dizer que o ser humano conseguiu ir à lua, desenvolver ferramentas tecnológicas cada vez mais incríveis, mas não consegue educar seu comportamento. Desenvolver soft skills é cada vez mais fundamental para as empresas, que precisam de gente curiosa, responsável, comprometida, com empatia para lidar com diferentes personalidades dos times e clientes, com boa comunicação, entre outras habilidades. E, cá pra nós, a gente nem deveria estar preocupado com o que a empresa busca, mas, sim, com nosso crescimento pessoal, que, afinal, influencia em tudo! Mas, se você quiser insistir em achar que sabe tudo, bau-bau!

Cristina Monte

Cristina Monte é articulista do caderno de economia do Jornal do Commercio. Mantém artigos sobre comportamento, tecnologia, negócios.

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