Nessa segunda 01.06 vários segmentos retornaram as atividades presenciais em nossa região, mas quais são as suas expectativas no retorno as atividades do trabalho? O que você espera encontrar? Como será o reencontro com seus colegas? Será que alguma coisa mudou ou mudará?
As empresas estão retornando aos poucos, de acordo com a deliberação do governo. É verdade que há especulações de uma segunda onda do Coronavírus na região, o que pode fazer retroceder algumas decisões, mas seguindo em frente, as empresas tem trabalhado em algumas mudanças para que o “novo normal” tome lugar.
Tudo aconteceu muito rápido, muitas vezes sem tempo hábil para refletir ou discutir muitas alternativas e as decisões tiveram de ser tomadas com o que se tinha no momento. A grande verdade é que passamos, estamos passando e ainda passaremos por mudanças no que diz respeito ao trabalho e, principalmente, à gestão de pessoas. Nesse retorno teremos que nos readaptar e reaprender, não somente as mudanças, mas também ao retorno de alguns hábitos “antigos”, como por exemplo acordar mais cedo, pegar trânsito e chegar na empresa.
O home office veio para ficar?
Pesquisas indicam que o home office veio para ficar em muitas empresas. Muitos gostaram e muitos não gostaram. Seja por conta de comodidade, de rotina, ou de estar no ambiente corporativo e na companhia dos colegas de trabalho, a opinião de cada pessoa varia. Acredito que o ponto não é a discussão se é algo positivo ou não, a questão é: foi possível e factível fazer a alteração do local e tipo de trabalho executado até então.
Muitos se questionam se haverá aumento de pessoas que atuarão em home office depois do controle da pandemia. Antes, talvez muitos de nós achávamos impossível trabalhar de casa ou questionávamos a produtividade. Hoje, esses “muitos” viram que é possível, e as empresas viram que, também, podem ter ganhos para elas mesmas e para seus colaboradores dessa forma. Eu acredito que haverá um misto entre trabalho presencial e teletrabalho. Nessa caso, as empresas terão que trabalhar ainda mais as soft skills e não somente hard skills de seus colaboradores, bem como abordar aspectos de vida pessoal.
O retorno às empresas não se dará de forma única e irrestrita, ou seja, cada empresa está decidindo quando e como isso ocorrerá. Mas, voltaremos todos, em tempos e formas diferentes. E, diferente também, será nossa percepção de como é trabalhar ao lado de outras pessoas, de ter um lugar fixo numa empresa, de ter uma rotina mais controlada e menos flexível. E, talvez isso faça com que as pessoas e as empresas passem a se questionar por que não podem ser mais flexíveis.
A nova onda – horário fixo de trabalho
A nova onda, se podemos assim chamar, trata-se agora não somente do local de trabalho (home office), mas do horário de trabalho – aqui o foco não é o tempo de trabalho, mas sim as entregas, os resultados, a performance em si.
Estima-se que agora as empresas começarão a pensar mais na entrega em si e na qualidade, do que no tempo trabalhado para que isso aconteça. Em outras palavras, olhar mais para a entrega do que para um horário fixo de trabalho.
Muitas empresas e gestores têm pensado sobre o assunto e avaliado se vale essa tentativa. Será que como o home office, será algo possível e factível? E trará de fato os resultados esperados?
Sim, para isso é necessário que os colaboradores desenvolvam mais auto responsabilidade e disciplina, além de melhor acompanhamento e mudança de mindset por parte dos gestores e empresas.
Em alguns países e empresas, o foco maior já está na entrega e não no tempo, no “bater do ponto”. Assim como o home office também já acontecia em outros países e aqui ainda não era muito difundido.
Como você acha que sua equipe ou você mesmo reagiria se soubesse qual e para quando seria sua entrega, porém não tivesse um horário fixo / estabelecido para trabalhar?
Deixo aqui a reflexão, não somente sobre os outros, mas sobre nós mesmos.
Boa semana!
Fiquem todos com Deus!
*Paula Pedrosa é Diretora Executiva, Headhunter e Coach de Carreira da Paulo Pedrosa Headhunter & Associados. Colunista de carreira, mercado e imagem corporativa do Jornal do Commercio.
Fonte: Paula Pedrosa