É inconcebível que o mundo esteja presenciando um cenário que será de triste lembrança para uma Nação onde mentir conduz o cidadão à prisão. Há suspeitas de desaparecimento de cédulas; enquanto outras misteriosamente teriam surgido de surpresa nas caladas das noites… Por outro lado, depararam os americanos com resultados de pesquisas que teriam abusado do direito de errar, ou seja, houve flagrante desrespeito ao dever de bem informar; aspecto que para os americanos é imperdoável por ferir o elementar princípio de dizer sempre a verdade. E, por fim, os americanos ainda colocaram em dúvida supostas evidências de que os votos enviados pelo correio foram objeto de fraude.
Assim, não engolem o fato de que num mesmo Estado haja tanta oscilação no resultado à medida em que os votos estejam sendo contados. E, como o voto é opcional, a participação efetiva do eleitor revelara seu interesse em votar e não em responder questionários. Assim, tivemos Estados onde as pesquisas atribuiam vantagem para um candidato, a qual não ocorrera na hora da apuração, como se constatara na Geórgia e na Carolina do Norte. Porém, em outros Estados onde houvera um crescimento do número de eleitores jovens, estes alteraram os resultados das pesquisas; eis que ignorados até pelos candidatos.
Também contribuíra muito para o resultado final o crescimento da participação de pessoas brancas que habitam as zonas rurais mais afastadas, ou seja, nunca ouvidas; e, com isto, o cenário ficara indefinido até ao apagar das luzes por sofrer de dependência dos Estados-chave. E, com isto, há quem afirme que os institutos de pesquisa deverão “ajoelhar no milho” por terem fracassado. Logo, tivemos um vencedor, mas os maiores derrotados foram os institutos de pesquisas que entrarão para a história. Aliás, já vimos este filme no Amazonas, tanto em várias eleições para governador como para prefeito de Manaus. Quantas ações judiciais já tivera o IBOPE no forum local? Até me recordo de uma jornalista em seu programa de TV ter peitado o proprietário do IBOPE por tamanho erro… sinceramente “errare humanum est”, mas maledicências tendenciosas 48 horas antes do pleito, não dá para engolir.
Mas, tanto lá como cá, as manifestações de ruas não funcionam após a apuração, ou seja, não contribuem para alterar o resultado das urnas. Tudo na verdade não passa de delírios de fanáticos que ao arrepio de suas emoções buscam amparo onde nada lhes protege. Sejam vencidos e vencedores mais honestos diante de seus propósitos e de uma sociedade que tem muito mais a dar do que a receber. O povo nunca será cabo eleitoral de medíocres candidatos; até porque tem espirito voltado para o crescimento da Nação, não se misturando com fatos ou decisões de políticos que tentam arrastar a humanidade para o abismo. Afinal, quantos sábios o mundo perdera? Ou até quando afrontarão a cultura dos povos como se os sábios pudessem ser insultados e até humilhados por aqueles que abominam a verdade e se alimentam da vontade mórbida pelo poder? Sejam todos mais honestos até porque “a lei não deve ser imposta a quem não a observa”; e onde não houver a vitória do regime democrático teremos a hipocrisia dos derrotados.
Inconcebível que tanto lá, quanto cá, possamos admitir que a democracia seja atingida por confusões ou atos levianos; gerando na população uma revolta a ensejar danos. Sejamos todos racionais até porque o povo é soberano para escolher seu governante.