Eu acredito em liderança que procura em suas ações do dia a dia agir de maneira integrada entre relacionamentos e resultados, que busca alternativas para realizar processos e engajar pessoas, atuante em tarefas e influente com gente. Gosto da definição do Falconi que define liderança como alguém que bate metas, com pessoas, fazendo o que é certo.
Neste caminho, os princípios desta liderança orientada para indicadores e seres humanos são consequência de diversos fatores que busquei resumir em 5 pontas de uma estrela que fará o líder brilhar nesta missão:
1 – Ter paixão pelo que faz e viver por um propósito maior.
2 – Ter empatia para impedir que você faça mal para alguma pessoa.
3 – Ter congruência para fazer o que fala.
4 – Ter capacidade de inspirar para que as pessoas sejam melhores e queiram mais.
5 – Reconhecer e desenvolver o melhor no outro.
Cada uma dessas pontas segue interdependente em um modelo contínuo e dinâmico, como é preciso ter paixão para com empatia seguir de forma coerente sua inspiração e reconhecimento. Ou ainda, quando se tem empatia é possível ser congruente e inspirar, reconhecendo e desenvolvendo a paixão nas pessoas. Ou ainda, ao reconhecer e desenvolver, você descobre a paixão e com empatia segue congruente inspirando sua equipe.
Faz sentido para você? São pontos importante, interligados que juntos fazem combinações fundamentais para que o líder siga na missão de atingir o alto desempenho com equipes que sabem e amam o que fazem.
Discorrendo um pouco sobre cada uma dessas pontas, posso especificar:
Paixão: Para ter paixão é preciso existir uma afinidade dos seus talentos naturais com as atividades que você executa. Ninguém se apaixona por rotinas onde as habilidades necessárias são inexistentes. É sofrível liderar sem paixão, principalmente porque um dos papeis da liderança é exatamente conseguir ajudar as pessoas a descobrirem seus potenciais e despertarem esta paixão.
Sem uso de potencialidades, pessoas diminuem a possibilidade de se apaixonar pelo que fazem, distanciando-se do seu melhor, perdem a capacidade de ter resultados extraordinários.
Empatia: As pessoas que são capazes de criar situações de sofrimento no outro tem ausência de empatia e é por isto que o líder precisa ficar muito atento na maneira como trata, como fala, como aborda cada um dos seus liderados, pois estas são formas do dia a dia que podem causar sofrimento em sua equipe.
O líder tem obrigação moral de desenvolver a empatia. Como? Exercitando colocar-se no lugar do outro, a partir do entendimento do ponto de vista desta pessoa e da percepção das emoções sentidas pelo outro.
Congruência: Quanto mais coerente, mais o líder será respeitado, pois é a congruência que gera confiança e credibilidade. Já não cabe mais líderes com discurso de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Não faz o mínimo sentido e não gera nenhum resultado consistente.
Para fazer o que você fala é preciso desenvolver a capacidade de observar a si mesmo, durante eventos diários, pois é muito mais fácil observar as falhas nos outros do que perceber os próprios pontos cegos.
O líder precisa lembrar que a congruência favorece a capacidade de comunicar-se por meio de uma linguagem que conecta as pessoas às metas, que é a linguagem da verdade, da transparência, da confiabilidade.
Inspirar: Descrever um futuro desafiador, tangível e instigante, onde as pessoas conseguem projetar-se nesse amanhã e a partir disso, mobilizam-se para alcançá-lo.
Na prática, ninguém se inspira por perdedores, vítimas, desistentes. Seus liderados serão inspirados por sua ousadia, coragem, visão e ação de fazer as coisas acontecerem. A vitória, mobiliza gente. O maior dos engajamentos vem do querer jogar em um time que luta para ganhar, é por isto que resultado é uma excelente estratégia para grandes jogadores. Um time de alta eficácia não quer ser liderado por líderes com postura de fracassado.
Descubra o que realmente é importante para seu time, os valores mobilizadores de ação, motivadores que levam estes indivíduos moverem céus e terras em prol de seus objetivos e coloque em campo.
Reconhecimento: Vai além de dar feedback positivo quando ele merece, embora, seja o mínimo a ser feito na direção de reconhecer.
Reconhecer envolve perceber os talentos naturais e as competências aprendidas, fortalecendo por meio de oportunidades para uso dessas forças. Para isto, requer interagir com o liderado, percebê-lo em todas as dimensões, não apenas nas capacidades profissionais técnicas e atitudinais, mas também em seus elos pessoais, emocionais, espirituais.
E como todos estes pilares levam a uma liderança de resultados com relacionamento, bater meta é quase que uma consequência natural, reforçado por uma gestão, pois sem gerenciamento estaríamos falando de pura sorte. Até tem alguns sortudos por aí, que batem meta uma vez ou outra, mas não conseguem manter a consistência dos resultados, porque não gerenciar o que se faz, não ter disciplina para medir resultados, não ter rotina para fazer acontecer, os resultados não aparecem em uma constante de desempenho e sem isto a alta performance nunca aparecerá.
É por isto, que gostaria de fazer você refletir com foco em como tem sido sua liderança com processos e pessoas? quanto tem reconhecido, demonstrado paixão e empatia, de forma congruente e inspiradora?
Com esta autoanálise pode decidir o que parar de fazer, o que começar a fazer, o que continuará fazendo, e tudo isto agora, para não se arrepender amanhã por não ter começado hoje.