Os parlamentares que representam o Amazonas no Congresso Nacional, assim como aqueles que integram a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), e mesmo a Câmara Municipal de Manaus (CMM), parecem estar em disputas das mais acirrada neste final de 2020, que não foi um ano fácil, e, ao que parece, vai terminar com muitas dificuldades nos legislativos.
No Senado Federal, até onde se sabe, o partido do senador Eduardo Braga, o MDB, do qual Braga é líder, está em uma disputa acirradíssima com a finalidade de fazer retornar ao Senado o critério da proporcionalidade dos membros das bancadas partidárias, a fim de que seja indicado o presidente da casa.
A maior bancada do Senado Federal, o MDB tem 13 senadores, a qual compõe um contingente que equivale a 16% dos 81 membros do Senado Federal.
Eduardo Braga diz que o partido está unido e que o consenso para indicar o nome à presidência daquela casa vai sair de forma pacífica. No entanto, além de Eduardo Braga, outros senadores como Eduardo Gomes (MDB/TO), Fernando Bezerra (MDB/PE), assim como a senadora Simone Tebet (MDB/MS) também buscam a indicação à presidência do Senado Federal.
Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, aquilo que parecia serem favas contadas e a favor do deputado federal Marcelo Ramos (PL), não estavam assim tão bem contadas. O apoio que até há poucos dias o atual presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM), dava ao representante do Amazonas parece ter sido retirado.
No difícil ano de 2020, Maia indicou Marcelo Ramos para diversos postos que deram visibilidade nacional a Ramos, assim como outros encargos que favoreciam a candidatura de Ramos à presidência da Câmara dos Deputados indicavam que Rodrigo Maia o apoiaria, agora, porém, não é o que se vê, Ramos parece que ficou a ver navios ali pelo lago Paranoá.
Na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a novela que já tem um longo enredo, no dia 3 de dezembro teve mais um capítulo, digamos assim, mais emocionante. Naquele dia, em uma sessão relâmpago, foi alterada a constituição estadual com a finalidade de mudar o prazo da eleição da mesa diretora do Legislativo estadual.
No mesmo dia, foi eleita a nova mesa diretora, tendo o deputado Roberto Cidade (PV) como novo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas. A eleição da nova mesa diretora não foi aceita pacificamente por alguns deputados, como Alessandra Campelo, Belarmino Lins, Joana D’Arc, e Abdala Fraxe
Deste modo, o ato foi parar no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) que entendeu por bem conceder liminar contra os atos que culminaram com a eleição da mesa diretora. O fato não deve ter final rápido, já que na segunda-feira (7) a Assembleia Legislativa recorreu da decisão e foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a finalidade manter os atos aprovados na sessão da Aleam no dia 3 de dezembro.
Já na Câmara Municipal de Manaus (CMM) quem parece que vai ter dificuldades para compor uma bancada é o prefeito eleito, Davi Almeida (Avante). A se contar apenas os parlamentares eleitos que compunham a chapa de Davi Almeida, ele vai ter que correr atrás e fazer articulações com mais 31 vereadores. Uma briga de Davi com Golias, cujo final não está assegurado que seja favorável a David, como na história bíblica.