Ainda não se viu o túnel do retorno da economia para as atividades normais ou para o novo normal, como se diz agora. Apesar desta constatação já há agentes econômicos que estão otimistas quanto ao desempenho das atividades econômicas em curto período.
Um exemplo desse otimismo foi a live transmitida no último sábado, dia 24, pelo principal executivo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), quando transmitiu notícias muito boas, principalmente se as informações que ele passou se concretizarem dois três meses.
Uma desas informações foi a reunião ocorrida, obviamente que meio de video-conferência, entre O Ministério das Relações Exteriores e a Suframa, com o comparecimento de Agência Brasileira de Promoção das Exportações (Apex Brasil).
De acordo com o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, existe interesse dos investidores estrangeiros em alocar recursos no Polo Industrial de Manaus (PIM). Entre os países citados pelo titular da Suframa estão os Estados Unidos e o Japão.
Alfredo Menezes afirmou que empresas do Taiwan período se mostram interessadas em operar na Zona Franca de Manaus (ZFM) A ideia é que sejam produzido na Zona Franca de Manaus equipamentos de proteção individual (EPIs), assim como ventiladores entre outros produtos dessa linha.
Sem chegar aos limites de Lula, Menezes também afirmou que, em decorrência da pandemia de coronavírus existe grande oportunidade de que sejam feitos investimentos na produção de equipamentos de saúde no polo de Manaus. O titular da Suframa citou inclusive a indústria Saldanha Rodrigues que opera nessa área.
O anúncio feito pela moto Honda da Amazônia de começar o retorno às atividades de produção nesta segunda-feira, dia 25, foi outro motivo de otimismo. O titular da Suframa citou pesquisa pela autarquia a respeito dos impactos que a pandemia de coronavírus deixou na atividade produtiva da indústria manauara.
Conforme números citados, e registrados pela pesquisa, apenas 30% das cerca de 500 indústrias da Zona Franca de Manaus chegaram a paralisar suas atividades. As demais continuaram trabalhando, mesmo que tenham reduzido o ritmo de produção.
Outra situação foi também citada por Alfredo Menezes sobre a queda na produção em Manaus. Assim, a baixa na produção da Zona Franca de Manaus foi impactada, não pela falta de insumos, como foi ventilado no início da crise. Basicamente o que impactou e levou as indústrias a reduzir a produção, ou mesmo paralisar a atividade em algumas fábricas, foi a queda da demanda. Esse fato, diz Menezes, impactou mais fortemente uma vez que sem o varejo para fazer encomenda, a indústria teria que parar, mesmo se considerando o alto custo de paralisar e, depois, retomar sua atividade.
Se a Suframa se mostra otimista com a volta da produção industrial, por outro lado, também há registros que indicam queda no número de mortes em Manaus. A parte ruim desta constatação é que os casos de covid-19 nos municípios já ultrapassam os da capital e o próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diz que ainda se tem, no Brasil, o impacto da pandemia nos municípios do interior.
*Eustáquio Libório é jornalista
Fonte: Eustáquio Libório