A Campanha Nota Fiscal Amazonense, lançada em agosto de 2015, já alcançou a bela marca de 399.776 cidadãos cadastrados e em poucos dias estaremos arredondando essa quantidade e fazendo aniversário de seis anos. Claro que já deveríamos estar com mais inscritos, mas nem tudo foi fácil nessa caminhada.
Após o lançamento, passamos cerca de seis meses rebatendo boatos acerca da seriedade do certame, principalmente sobre a utilização do CPF como referência, e nunca como meio para bisbilhotar os participantes.
As mentiras e postagens levianas lançadas nas redes sociais passaram a chegar com imensa facilidade e velocidade nas mãos das pessoas, e estas, inocentemente ou com algum interesse escuso replicavam coisas absurdas. Isso foi extremamente prejudicial ao Amazonas, à sociedade, e às pessoas que acreditaram e deixaram de concorrer a prêmios de até R$ 50 mil.
Como coordenador, encontrei situações em e-mails recebidos que traziam verdadeiros questionários para a gente responder, a fim de que só depois a pessoa faria o cadastramento. Só pra constatar se os sorteios seriam sérios ou se não iam utilizar o tal CPF para outros fins. Foi muito desgastante.
Hoje, às vésperas de completarmos seis anos de Campanha, podemos sorrir para quem tanto tentou puxar o tapete da cidadania. Sim! Porque pedir a nota fiscal nas compras e serviços é ato de cidadania. Esse ato registra as transações comerciais e facilita lá na frente a realização de fiscalização das empresas, nunca dos cidadãos.
Era engraçado, pra não dizer cômico, ver pessoas empunhando cartazes contra a corrupção em passeatas, mas com medo terrível de colocar CPF na nota. Pura contradição.
Na verdade, a utilização desse documento, nos moldes das tantas Campanhas existentes Brasil afora, é para se ter a certeza de que o prêmio vai ser efetivamente pago na conta do seu titular. É uma referência normal e rotineira em qualquer transação bancária, comercial, entre pessoas contratantes ou em concursos públicos. Mas lá ninguém reclama.
Dava tristeza ver na fila do caixa cidadãos negando colocar o CPF ou até mesmo comprando e não pedindo o documento fiscal. E outra: quem queria participar falava baixinho, quem não queria falava alto e ainda fazia cara de mau. Que coisa!
Nessa pandemia vimos o quanto os impostos ajudaram a salvar vidas. Pedir a nota é acima de tudo pensar nos outros e ser solidário, até porque agindo assim estaremos pensando nas pessoas menos favorecidas. Naquelas pessoas que vêm do interior em busca de um hospital público ou de uma escola pública, que funcionam graças ao recolhimento dos tributos.
Voltando à seriedade da Campanha, às vésperas de completar seis anos, todos os sorteios foram auditados e homologados por técnicos habilitados para isso, tivemos e temos o apoio da Prodam, e já fomos auditados pelo Tribunal de Contas do Estado.
Mas desconfiança sempre vai existir, mesmo tendo um portal da Campanha com todos os nomes dos ganhadores dos Prêmios Diários, Mensais e Especiais desde o início, com total transparência. Aliás, as pessoas só ficarão chateadas quando alguém desconfiar delas. É a volta do anzol.
Recentemente divulgamos um estudo que mostrava ser 11.000% mais fácil ganhar na Campanha NFA do que na Mega Sena, e sem pagar nada, bastando o simples gesto de pedir a nota, fato tão natural em países onde a cidadania é praticada com mais firmeza.
Por fim, vale lembrar que os serviços públicos colocados à disposição da sociedade (Saúde, Educação, Segurança Pública, ruas asfaltadas, etc.) só serão expandidos com a existência dos recursos, que vêm do pagamento dos impostos, alertando que a sonegação e a concorrência desleal são danosas para todos, consumidores e empresários.