2 de novembro de 2024

Obstáculos para o desenvolvimento dos seus pontos fortes

Sua própria relutância, por muitas vezes, é um obstáculo barrando seu progresso. Isso soa estranho, não é? Por que alguém ficaria relutante em desenvolver seus pontos fortes? A verdade é que muita gente fica.

Muitas pessoas não se preocupam com a complexidade de seus pontos fortes, em vez disso, preferem devotar energia e tempo para investigar suas fraquezas. Isso simplesmente porque acham que os pontos fracos, as suas fraquezas, vão ajuda-lo a melhorar mais. Se você quiser tirar a prova dos nove, pergunte à população chinesa, americana, inglesa, francesa, canadenses, jovens ou velhos, ricos ou pobres, instruídos ou nem tanto, a resposta sempre será a mesma: as fraquezas, não os pontos fortes, merecem mais atenção.

Na verdade, encontramos um leque amplo de respostas a essa pergunta. A cultura mais centrada nos pontos fortes é a dos Estados Unidos, com 41% da população dizendo que conhecer seus pontos fortes vai ajudá-los a progredir mais. As culturas menos centradas nos pontos fortes são o Japão e a China. Só 24% acreditam que a chave para o sucesso resida nos pontos fortes. Contudo, a despeito das diferenças, a conclusão geral permanece verdadeira: a maioria da população do mundo não acha que o segredo para melhorar resida numa compreensão profunda de seus pontos fortes (curiosamente, em cada cultura, o grupo menos fixado nas fraquezas era o grupo mais idoso, de 55 anos para cima; um pouco mais velho, um pouco mais sábio, esse grupo provavelmente adquiriu um certo grau de auto-aceitação e percebeu a inutilidade de tentar os irremediáveis buracos em suas personalidades).

Por que tantas pessoas evitam se concentrar em seus pontos fortes?

Por que as fraquezas se mostram tão sedutoras? A menos que enfrentemos essas questões e as resolvamos agora, nossos esforços para desenvolvermos nossos pontos fortes podem se extinguir antes de terem tido oportunidade de ganhar impulso.

Há tantas razões quanto pessoas para imagina-las, mas todas parecem derivar dos mesmos três medos básicos: medo das fraquezas, medo do fracasso e medo do seu verdadeiro eu.

Medo das fraquezas

Para muitos de nós, o medo das fraquezas parece ofuscar nossa confiança em nossos pontos fortes. Para usar uma analogia, se a vida é um jogo de baralho e cada um recebeu cartas fortes e cartas fracas, a maioria presume que as fracas comandam o jogo das fortes.

Por exemplo, se nos destacamos nas vendas, mas temos problemas com a estratégia, é nossa dificuldade com a estratégia que atrai a atenção, porque uma incapacidade de pensar estrategicamente vai nos atingir em algum momento do jogo, certo? Se construímos com facilidade relações de confiança, mas hesitamos quando se trata de falar em público, nos matriculamos num dos onipresentes cursos de oratória, porque falar em público é um pré-requisito para o sucesso, não é? Seja qual for a fraqueza, seja qual for o ponto forte – a ser admirado e simplesmente assumido -, mas a fraqueza, ah, a fraqueza é uma “área de oportunidade”.

Cada um de nós tem fraquezas, é claro. Atividades que alguns realizam sem esforço podem ser frustrantemente difíceis para outros. E se essas fraquezas prejudicam nossos pontos fortes, precisamos desenvolver estratégicas para contorná-las. Não estou dizendo que os pontos fracos não precisam ser trabalhados. Sim, precisam. Mas, vamos também dar atenção aos nossos pontos fortes. Compreendendo e cultivando seus pontos fortes, você alcançará excelência.

Boa semana!

Fiquem com Deus!

Paula Pedrosa

É CEO, Headhunter, Jobhunter e Coach de Carreira da Paula Pedrosa Headhunter & HR Solutions. Colunista de carreira, mercado e imagem corporativa do Jornal do Commercio

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