Segundo anunciado no artigo imediatamente anterior (IV), em seguida, neste, dar-se-ia sequência às sustentações que se tem abordado nesta estação de escritos semanais sobre o que pregou o Dr. Joseph Murphy, um consagrado autor (1898/1981) de inúmeros best-sellers, a propósito inclusive desse livro-fonte O Poder do Subconsciente, ora concluindo-se o palpitante assunto.
Situando no viver o valor mecânico do subconsciente – sempre o inconsciente! – o pregador assegurou que velhice não é tragédia, posto que o que se denomina de processo de envelhecimento constitui, ao invés, nada mais que uma mudança que deve ser saudada com alegria e prazer, já que as etapas na vida humana, todas, são passos em um aminho sem fim. Justificou que temos poderes quitais a transcenderem as limitações do nosso corpo, pois dispomos de sentidos maravilhosos que se sobrepõem aos moldes de nossos cinco sentidos físicos. Lembrou mais que a vida espiritual é eterna, posto que dispensamos o envelhecimento, eis que não carecemos jamais de envelhecer porque a vida, como figura divina que é, não desaparece ou se desgasta, como se colhe das disposições bíblicas. Quanto a isso a vida é autossuficiente, eterna, indestrutível e a realidade de todos os homens.
Há uma passagem, no livro, atribuída a Thomas Edison, o mago da eletricidade, sobre uma indagação que lhe fazem sobre o que seria a eletricidade, tendo este respondido que eletricidade é! e que apenas use-a. Logo, é o nome que se dá a um poder invisível que não compreendemos inteiramente, mas nos obrigamos, ainda assim, a aprendermos tudo que podemos sobre o princípio dessa força e seus usos, que nos serve de incontáveis maneiras. Sucede, ainda que não possam ver com os olhos um elétron, cientistas aceitam-no como fato científico, porque é a única conclusão válida que acompanha outras provas experimentais. Assim, se não podemos ver a vida, sabemos contudo que vivemos. Portanto a vida é! e estamos aqui para manifestá-la em toda a sua beleza e glória. Disso apura-se que nem espírito, ou mente envelhecem, sendo sempre bom recorrer-se à Bíblia como fonte, em que esta diz “E a vida é esta; que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro (João 17:3)”.
A propósito, merece paciência quem entende que o ciclo terreno de nascimento, adolescência, juventude, maturidade e velhice é tudo que existe na vida. Tal pensar não oferece uma base sólida, nem esperança, nem visão, como se a vida se quedasse sem sentido. Na verdade, é um tipo de crença que gera frustração, estagnação, pessimismo e um senso de impotência que leva à neurose e às aberrações mentais de todos os tipos. Que é que tem demais se já não se pratica esportes, ou exercícios físicos? Se seu corpo passou a ter um ritmo mais lento, obrigando a caminhar com passos vagarosos? Cabe lembrar que a vida está sempre mudando de postura. Calha de se chamar de morte, quando se trata apenas de uma viagem como se fosse para uma outra cidade, em uma nova dimensão da vida.
No discurso literário o autor revela que costuma dizer às suas plateias que devem aceitar graciosamente o que é comum chamar-se de velhice. E que a idade tem sua própria glória, beleza, e sabedoria, que é seu apanágio, como paz, amor, alegria, felicidade, sabedoria, boa vontade e compreensão que são qualidades que jamais envelhecem ou morrem. Cita Ralph Waldo Emerson, poeta e filósofo que disse certa vez: “Não contamos os anos de um homem até que ele nada mais tenha a contar”. É que o caráter de alguém, a qualidade de sua mente, de sua fé e de suas convicções não estão sujeitos à decadência. (Conclusão)