As recentes manchetes do Jornal do Commercio confirmam que as “coisas” sempre são difíceis para o estado mais preservado do Brasil, talvez do mundo. Assim deve continuar, pois sabemos dessa nossa importância ao planeta, mas como ficam as pessoas que aqui vivem? as atividades econômicas? pois nem os recursos financeiros dos projetos agroecológicos do crédito rural conseguimos acessar, segundo dados do Banco Central do Brasil.
De acordo com o IBGE, no final de 2018, o atual governo estadual recebeu o estado com metade da população na pobreza, incluindo a capital, que tem um gigantesco Polo Industrial. Isso mostra que não podemos depender só desse modelo econômico.
O pior é que, vimos nas matérias do JC que o nosso modelo econômico (PIM/ZFM) continua sendo regularmente atacado e dependente do bom humor do Planalto. Modelo esse que, coincidência ou não, está implantado no estado que detém 97% de suas reservas florestais intactas. Então, qual a razão de não respeitar, de proteger dos regulares ataques? Se com esse modelo econômico estávamos em 2018 com metade do nosso povo vivendo na pobreza, milhares na extrema pobreza, fico imaginando como seria sem o Polo Industrial de Manaus.
Recentemente, diante da pandemia, confirmamos quanto seria importante ter a BR-319 pronta. Contudo, hoje, apesar da boa vontade do governo federal (os outros governos também tiveram), a matéria do JC aponta para uma BR-319 pronta aproximadamente em 4 anos. Será que isso é verdade? Várias promessas já foram feitas no passado. Só nos resta acreditar, ter esperança que isso ainda vai acontecer.
Como as coisas são difíceis ao Amazonas!
Só o agronegócio familiar e empresarial pode mudar esse quadro, e de acordo com dados oficiais do IBGE e CONAB nossos números estão positivos e crescendo, e depois de vários anos temos um comando técnico no Sistema SEPROR, que nunca foi e não é candidato nas eleições de 2022, e, felizmente, um governador presente ao interior, presente à sede da SEPROR, e nos eventos agropecuários, com vários acertos em dois anos, e mais dois anos pra corrigir o que ainda não foi possível fazer, entre eles a questão da agilidade na licença ambiental ao produtor rural que impede o maior acesso aos bilhões federais do crédito rural de custeio e investimento, ajustes em alguns programas de comercialização e as indicações políticas em algumas unidades locais do IDAM (que deveria ser somente servidor da casa, como acontece na Conab). Com relação às indicações políticas para algumas unidades locais do IDAM, penso que prefeitos, lideranças municipais e Assembleia Legislativa do Amazonas – ALEAM deveriam não se meter nessas indicações, pois o IDAM é um órgão extremamente técnico, e nem sempre, penso eu, a indicação segue essa linha, até por desconhecimento de quem está indicando. Sempre foi assim, mas tenho muita esperança que o atual governo ainda mude esse cenário até o fim do mandato. Os acertos nos dois primeiros anos me dão essa grande esperança.