A luta dos trabalhadores por condições dignas e jornadas humanas de trabalho não é de hoje. No século 19 já era evidente essa questão. Movimentos operários ao redor do mundo clamavam por direitos básicos, como a jornada de oito horas diárias, condições seguras nos locais de trabalho e salários justos. Essas lutas históricas foram fundamentais para moldar o cenário trabalhista que conhecemos hoje.
Apesar das conquistas alcançadas ao longo do tempo, o mundo do trabalho ainda enfrenta uma série de desafios significativos. A globalização trouxe consigo uma nova realidade, como a precarização do trabalho, o aumento da informalidade e a crescente automatização de processos, que afetam diretamente a vida dos trabalhadores.
Nos anos de 2020 e de 2021, após enfrentarmos uma das piores crises pandêmicas da história mundial, o Brasil e o resto do Planeta sofreram consequências muito duras em vários aspectos, especialmente pelas vidas perdidas de tantas pessoas em decorrência da Covid–19, doença decorrente do novo Coronavírus, que surgiu na China e se disseminou em escala global, com alto número de contágio e muitas sequelas e complicações decorrentes.
Em países em desenvolvimento, como o nosso, por exemplo; a ausência de um maciço investimento no sistema de saúde ao longo de décadas contribuiu também para o agravamento de toda esta situação; como por exemplo, a ausência de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) em quantidade suficiente para atender a demanda dos hospitais, além de outros insumos necessários que estavam escassos ou em falta, o que foi um fator de piora em um momento tão delicado como o que passamos enquanto Nação durante os picos da pandemia. Todavia, as consequências não se limitaram à saúde. O Brasil, que já vinha tentando se reerguer de uma recessão econômica, viu aumentar sistematicamente o cenário de pobreza, desemprego e miséria.
Ou seja, o mercado de trabalho viu sua competitividade, lucro e consequente oferecimento de oportunidades decaírem de maneira vertiginosa. Ao mesmo tempo, surgiram novas configurações de trabalho, serviços e profissões, como por exemplo, a modalidade home office (trabalho remoto ou teletrabalho) e as videoconferências, bem como outras possibilidades na prestação de serviços e nos vínculos de trabalho vieram para ficar, conforme defendem analistas.
Agora, em 2024, vivemos um novo cenário empresarial e financeiro. E mais do que nunca, é preciso estar atento e estruturar o nosso país para o novo momento macroeconômico existente, que está fundamentado na crescente profissionalização, qualificação e, principalmente, na alta tecnologia. Será cada vez mais natural o trabalho com base no modelo presencial, remoto e híbrido (presencial e remoto), por exemplo; mais uma mudança de paradigma impulsionada pelas novas circunstâncias. Para se adequarem e sobreviverem nesse novo momento, é preciso que os profissionais, trabalhadores e organizações se reinventem, inovem, estejam alinhados à atualidade da vida, das atividades laborais e às novas expectativas, características e exigências dos consumidores. E mais do que nunca será necessário que haja a implementação de políticas públicas voltadas à empregabilidade, passando pela educação, qualificação, ensino técnico, profissionalizante e de ensino superior.