De um lado o governo federal anuncia a liberação de bilhões em dois Planos Safras, um empresarial, outro da agricultura familiar. Esses bilhões são direcionados ao campo, ao agro familiar e empresarial para gerar riqueza, emprego, renda e, principalmente, alimento. Por outro lado, o MPF-AM recomenda que os agentes financeiros que operam o crédito rural cancelem tais ações no Amazonas nas áreas de conservação. O crédito rural já não andava antes, nem fora nem dentro das unidades de conservação, agora piorou geral. Como ficam os Pronaf’s Agroecologia, Bioeconomia, Mulher, Jovem, Agroindústria e o Mais Alimentos. Isso mesmo, como fica o PRONAF “BIOECONOMIA”? A tão propagada bioeconomia como a salvação da economia do Amazonas. Vão fazer BIOECONOMIA sem crédito rural? Aí é abandonar de vez o produtor rural, extrativista, ribeirinho, povos e comunidades tradicionais que ficam dentro das Unidades de Conservação.
Está faltando diálogo, será que ainda não caiu a ficha de que temos 65.6% do estado na pobreza, sem comida, sem saúde, sem educação, sem segurança, sem ZEE, sem poço artesiano, sem energia solar, sem internet, sem assistência técnica, sem semente, sem mudas, sem dignidade.
O MPF-AM precisa sentar-se com a EMBRAPA, visitar a EMBRAPA, conhecer as tecnologias sustentáveis que já existem nas prateleiras. O MPF-AM precisa saber o que as ONGs fizeram com os 3 bilhões que receberam dos países poluidores que só teve o aumento da miséria como resultado. O MPF-AM precisa cobrar para onde foram os milhões de assistência técnica que a FAS disse ter usado para esse fim. Afinal, povos e comunidades tradicionais seriam os atendidos dentro das Unidades de Conservação. Penso que captar recursos usando povos e comunidades tradicionais e na mudar na vida deles é inaceitável. Comparem os milhões recebidos com o que foi feito. Como disse acima, procurem saber onde foi feita a assistência técnica pela FAS e qual foi o resultado obtido. Só não esqueçam de comparar valor investido com o resultado. Quanto ficou no meio do caminho com assessorias, consultorias, viagens e eventos?
Cadê nossos 24 deputados estaduais? Parem de só fazer política partidária, acompanhem o que está acontecendo com o interior do Amazonas. Parece que essa atitude do MPF-AM partiu de denúncia do GREENPEACE. Então, chamem o GREENPEACE na Assembleia, perguntem que denúncia é essa, onde aconteceu. Temos que punir quem supostamente errou, mas não generalizar e mandar parar o crédito rural. Não existe produção sustentável SEM CRÉDITO RURAL.
17.06.2024Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]