4 de outubro de 2024

Minha visão sobre a defesa do meio ambiente

As primeiras vezes na vida que eu ouvi a expressão meio ambiente foi no final dos anos 80, um pouco antes do meu Mestrado. Não sei se o assunto me era desinteressante ou não se falava a respeito. Afinal, um tema qualquer pode despertar interesse ou não. Enfim! Após estudar o assunto, descobri que nos anos 70 existia a Secretaria Especial do Meio Ambiente, vinculada à Presidência da República, que evoluiu, anos depois, para o Ministério do Meio Ambiente. E eu nunca havia ouvido falar dessa Secretaria. Talvez porque esse tema não era tão importante, nos anos 70, como as consequências e repercussões da Guerra Fria. No entanto, o slogan Integrar para Não Entregar, criado pelo governo federal nos mesmos anos 70, resumia o interesse mundial pelo acesso e domínio da nossa Amazônia. E isso eu acompanhava nos meus estudos e pesquisas.

Evidentemente eu sabia que determinadas nações não queriam nos tomar a Amazônia porque não cuidávamos do mico-leão-dourado ou do boto cor-de-rosa. Era óbvio que algumas nações iriam consumir milhões e milhões de dólares para se incluírem em uma guerra, com motivos quaisquer, e invadir o nosso Brasil e “cuidar” da nossa Amazônia. Na verdade, alguns países por aí ensinam aos seus jovens que a Amazônia não pertence a nenhum país e é uma rica região de domínio público mundial. Tentem acessar um Atlas Geográfico de escolas de vários países por aí e notem como está grafada a nossa Amazônia. Mas, hoje sabemos que os dólares investidos na invasão da nossa Amazônia seriam recuperados com juros e correção monetária, em absurdos exponenciais. No entanto, alguns países decidiram alterar a forma de nos invadir. Lavaram os cérebros de gerações, contra o nosso Brasil e a forma como cuidamos da nossa Amazônia. Criou-se uma mentalidade mundial de defesa da camada de ozônio, proteção de geleiras, insetos raríssimos que não deviam ser extintos etc. Mas, nenhuma dessas propagandas define o que deve ser feito para proteger o futuro das pessoas. Ou seja, criou-se uma mentalidade de salvar a floresta amazônica das queimadas, do mercúrio e outros abusos mais, mas, não se fala no bem-estar da população. Criaram ONG de defesa mundial do meio ambiente, as tais não-sei-o-quê-Peace e outras milhares mais. Interessante é que esses grupos não interferem nos países mais fortes, como a China e a Rússia.

Já imaginaram um protesto meio ambientalista na Praça Vermelha em Moscou? Seria cômico! Mas, voltando ao nosso tema, eu sempre penso em como as ideias de defesa do meio ambiente alteraram o modus vivendi mundial. Na verdade, eu até entendo e concordo com algumas observações dos defensores do meio ambiente. Por exemplo, o comércio ilegal e milionário da nossa madeira, vendida ilegalmente para alguns países que nos condenam pela exploração criminosa da Amazônia. Também concordo com o fim da criminosa atividade de caça ilegal para expor troféus de animais, empalhados nas paredes das casas de alguns milionários por aí. E ainda dizem que esta atividade mantém o emprego de muito taxidermistas por aí. Enfim! Mas, também sei que existem ações benéficas de ONG e ideais de desenvolvimento e proteção do bioma e da biodiversidade no Nordeste do Brasil, também.

Também sei que muitas ideias criminosas usam os temas ambientalistas e nos causam terrorismo ambiental. Confesso que concordo com muitas e muitas ideias e ações dos meio-ambientalistas sérios que existem no Brasil. Mas, não concordo com todas ideias e ações. Como exemplo, as dificuldades de sobrevivência dos moradores do interior do Amazonas e Rondônia que não podem se beneficiar da BR 319 na época das chuvas, ou, pelo mesmo motivo, as pessoas que faleceram pela demora em chegar remédios e vacinas para tantas doenças da região, inclusive COVID, por não ter a BR 319 asfaltada. Isso sem mencionar o isolamento de Manaus e Boa Vista pela falta da BR 319. Será que asfaltar a BR 319 vai destruir toda a Amazônia ou vai destruir apenas o futuro das pessoas que vivem e trabalham na dependência dessa rodovia? Fica a minha dúvida.

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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