Na administração atual muito se fala da necessidade de liderança, da visão empreendedora e da sabedoria de chefiar os subordinados. Tudo nos leva a crer que precisamos encontrar ou mesmo treinar e capacitar profissionais para tais habilidades fazendo isto existir em um único ser. Sendo a liderança um ato de influenciar pessoas a trabalharem principalmente de modo voluntário, a visão empreendedora ser a busca incessante de oportunidades promissoras e chefiar o ato de usar a força do cargo em benefício da própria empresa para criar procedimentos e ações, tudo fica mais difícil, pois, necessitamos de um profissional com habilidades conceituais (empreendedores), humanas (lideres) e técnicas (chefes) em equilíbrio e com sabedoria para administrar as habilidades nos momentos certos devido não conseguirmos, na prática, desenvolver as três ao mesmo tempo. Mas agora temos também o desafio da velocidade e do estresse incluído no desafio de melhorar os resultados.
Precisamos desenvolver a visão de águia (visão global) para podermos criar situações de sucesso para as organizações. Não podemos confundir liderança com chefia sob pena de criarmos situações de difícil gerenciamento. A liderança possui uma característica de condução e participação ativa no processo com a presença física de todos os envolvidos. A chefia já possui uma garantia de poder que é dado pela organização quando da contratação do funcionário para determinado cargo. Tanto a liderança quanto a chefia possuem responsabilidades em um processo organizacional. A miopia profissional nos coloca em situações de conflito devido ocorrer à utilização do poder na hora errada ou mesmo a utilização da liderança em momento inoportuno.
O profissional preparado para administrar os momentos de uma empresa demonstra segurança para os participantes do processo e consegue ser chefe ou líder dependendo da necessidade do momento, pois, não podemos ser os dois ao mesmo tempo. Assim, a passividade deixa de ser uma situação rotineira e passa a ser exceção na estrutura organizacional criando a proatividade como regra e agora a resiliência como uma necessidade. Este tipo de profissional tende a equilibrar satisfatoriamente as habilidades básicas da Administração (conceituais, humanas e técnicas) necessárias para o sucesso organizacional incluindo aqui o início de uma grande liderança em todos os sentidos. A sensibilidade e a prática do gestor precisa ser matéria prima para as tomadas de decisões dos momentos de ser chefe ou ser líder para os seus funcionários e liderados.
A verdade é que não podemos ser líder na hora de ser chefe ou ser chefe na hora de ser líder. Isto ocorrendo, certamente, estaremos criando grandes problemas para nossa administração. Precisamos sempre mostrar para nossas organizações qual é nosso objetivo principal e buscar o equilíbrio. Estamos querendo fazer a diferença ou queremos ser mais um dentro da média normal dos profissionais? A força, a cautela, a passividade, a proatividade, a segurança, a insegurança, a falta de compromisso, o excesso de zelo, a miopia, a visão de águia, a sensibilidade ou falta dela, a resiliência, enfim tudo deve ser muito bem administrado, pois, independente de sermos líderes, chefes, ou empreendedores, precisamos ter a consciência profissional e pessoal que somos “espelhos”, independente de estarmos acertando ou errado. Portanto, todo cuidado é pouco e toda teoria e pratica sempre deve ser bem vinda para serem analisadas e praticadas se necessário.
Vamos refletir sobre isto?