Muito tem-se falado sobre transformação, renovação, mundo digital, ágil e em meio a todos os movimentos nesta direção a questão chave é: quem fará o que precisa ser feito para gerar uma nova forma de agir?
Para esta resposta, muitos de nós acreditamos que precisa ter assumido um pensamento e um comportamento disruptivos por todas as pessoas, no caminho da construção de uma cultura forte em relação a mudança, a criatividade e a inovação. Para isto, muitas estratégias, táticas e técnicas serão consideradas para o cenário atual e as tendências de futuro.
No entanto, o primeiro e importante ponto é saber se os modelos mentais são disruptivos ou seguiremos acreditando que fazer o que sempre foi feito vai gerar resultados difentes. E o que seria ser disruptivo?
De uma forma simples, significa a capacidade que poder causar disrupção, interromper o seguimento normal de um processo; interruptivo, suspensivo. Que tem capacidade para romper ou alterar; que rompe. De fato, não é uma capacidade simples, pois o curso natural é buscar conforto e encontrar métodos que repetidas vezes possam ser feitos. Muito do sistema de gestão hoje e práticas de liderança andaram na contramão desta forma de pensar, inclusive foi estimulado para sistemas robustos de comando e controle, com procedimentos rígidos e regras inflexíveis.
Ser um líder disruptivo exigirá ações transformacionais e não transacionais. São essas lideranças que permanecerão no mercado, pois ajustarão-se aos novos modelos, que estão intimamente ligados ao trabalhar por paixão, criar engajamento, times colaborativos, construindo um legado e fazendo com que avance em resultados através do firme propósito de continuamente criar, inovar, estando aberto às mudanças e permitindo-se a mostrar suas vulnerabilidades para crescer e evoluir. Por certo, esta veroz vontade de aprende mais e sempre é característica vital para os líderes transformacionais.
De contrapartida, aqueles que são arraigados nos pensamentos de que se sempre funcionou desta maneira não há motivo de mudar, os que são motivados pelo poder, pelo comando-controle e decidem olhar para o passado, são os transacionais. Lamento dizer: estão fadados ao esquecimento.
As empresas e os líderes precisam olhar de uma maneira mais ampla e estratégicas para o modelo mental de disrupção, gerando ações que mobilizam e fortaleçam a mudança de cultura, fornecendo práticas para aplicabilidade de lideres mais digitais na medida que tornarão mais humanos, programas de inovação para vislumbrar discussões sobre o futuro do negócio.
Ao reforçar a importância de termos líderes disruptivos, gostaria de deixar claro que são ou serão os que trabalham por grandes ambições e propósitos, estão entusiasmados por gerar um legado que tem como consequência a monetização, unindo impacto global a resultado de negócios locais.
Conseguimos perceber que com este posicionamento, o líder transacional não tem condições de competir com este novo formato e ficará muito caro para ele e para suas organizações insistirem eu uma estratégia que não terá perenidade. Esses líderes são engessados, pautam suas ações em gestão de pessoas pelo medo e pela escassez de recursos, são excelentes em distribuir ameaças, o que gera baixa criatividade e altos índices de desmotivação por partes dos colaboradores.
Meu convite é despertarmos para uma liderança transformacional/disruptiva e esvaziarmos as ações transacionais que impedem a evolução e desconsideram as pessoas em seu potencial máximo. Vamos fazer um paralelo sobre elas?
As lideranças disrutivas são: movidas por um propósito, conectadas com um legado, estimulam colaboração e times multidisciplinares, possuem prospectiva estratégica, estão prontas para tomar decisões com foco em abundância, geram proximidade e agilidade, fazem gestão da coragem e do risco, inovam e lidam com a incerteza com naturalidade, promovem engajamento com a causa, oferecem liberdade para times autônomos.
As lideranças transacionais são: movidos unicamente por metas, gerenciam por comando e controle, tomam decisões com base na escassez, tem lentidão e burocracia nas respostas, por medo de errar não arriscam, decidem com base no passado, buscam constantemente uma padronização, seguem pensamento lógico em linha reta, são conservadores, cobram unicamente produtividade.
Em qual linha você está como líder? Você é disruptivo e transformacional ou tem seguido um modelo fadado ao fracasso como um líder transacional?
*Cintia Lima é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] – 92 981004470 @psicintialima