8 de outubro de 2024

Já bateram em sua porta para oferecer bilhões? Não é estranho?

É mais estranho ainda saber que Estados Unidos, França, Alemanha, Noruega, que esses países deixaram o guardião da floresta por 15 anos receber miseráveis R$ 50 reais por todo esse período sem qualquer preocupação com essa população. Repito, 15 anos sem preocupação dos Estados Unidos, França, Alemanha, Noruega com o povo que manteve a floresta em pé para eles respirarem por apenas R$ 50 reais/mês e para poucos. E agora, em poucos meses de um novo velho governo, já desembarcaram aqui. Que serviço ambiental tão importante é esse que nada fizeram para aumentar os 50 reais, ou mandaram dinheiro e foi desviado? Não estavam nem aí! E por aqui o silêncio era total. É a prova concreta que o interesse é outro. Esse absurdo aconteceu em vários governos da esfera federal e estadual, então, nada de culpar governo A ou B, todos erraram, e os Estados Unidos, França, Alemanha e Noruega nem ligaram. Sabem a razão? Porque aqui tem 97% preservado, então, o povo que se dane, que morra, como vários morreram de covid por questões nutricionais, o que importa a eles é a floresta em pé, e não o homem. Essa é a realidade que querem esconder, mas eu não vou deixar passar em branco. É ainda mais estranho quando uma boa parte dos “protetores” dos guardiões da Amazônia (muitos que nem na região nasceram) sequer questionam a necessidade de total apuração do passado e transparência na aplicação desses novos recursos do Fundo Amazônia, cujo MPF já identificou várias irregularidades, entre elas, contratos sem licitação e que boa parte do dinheiro fica para pagar folhas de pagamento. Sem falar das atividades não executadas por ONGs. Querem tudo igual como antes. Que absurdo e falta de sensibilidade com o SER HUMANO.

Não estou generalizando, mas temos que separar o JOIO do TRIGO, quem verdadeiramente pensa no bolso do SER HUMANO e quem só pensa no próprio bolso e só enrola com projetinhos que só colocam misérias no bolso do caboclo que defendeu e defende a floresta. Temos 58% sem saber o que vai comer hoje.

Negar esse caminho da CPI das ONGs é, no meu entendimento, medo de alguma verdade que possa aparecer. E o silêncio de alguns que adoram debates, debates e mais debates é muito estranho. A CPI da Covid serviu para nos mostrar que o descaso matou brasileiros, inclusive amigos meus, parentes, pelo menos por um mês as mortes foram por causa do descaso com a vacina. Esse Fundo Amazônia se deixarmos como no passado foi identificado pelo MPF vai morrer muita gente de fome e doença por não aplicar regras claras e duras nesse novo momento. Ser contra é querer que a irresponsável “festa” da fome e da pobreza continue aumentando no AmaZONAS com 97% preservado.

Cada vez que vejo essas autoridades internacionais visitando o Brasil e oferecendo dinheiro aumenta minha desconfiança nos interesses. Você que está lendo essas minhas palavras já teve alguém batendo em sua porta para oferecer dinheiro? Talvez até já tenha acontencido, mas convenhamos, não é o normal.

E o John Kerry disse que a Amazônia é de TODOS, mas o que é deles não dividem com NINGUÉM.

Os Estados Unidos não são uma criança, não se metem só para ajudar. Quando se metem é porque têm interesse“, afirmativa de um deputado paraense. No Amazonas, até agora só vi o Plinio Valério cobrar apuração do passado e regras claras para o futuro das aplicações do FUNDO.

Espero que os deputados estaduais façam sua parte, assim como toda a bancada federal. A última notícia que tive, foi que nem Eduardo Braga nem Omar Aziz assinaram a CPI das ONGs. Espero sinceramente que assinem, caso contrário, vai ficar muito estranho, pois foram governadores no passado.

A Amazônia, o Amazonas, precisa ser defendido por quem nasceu nesta região. Já chega de teatro que só faz aumentar a pobreza em nosso estado.

07.03.2023

Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected] 

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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