11 de dezembro de 2024

Flores, em vez de mísseis

O título é uma reflexão do presidente da Legião da Boa Vontade – LBV, José de Paiva Netto, da década de 1980, quando o mundo discutia a ‘guerra fria’.

Imaginem, caros leitores e leitoras, se a nossa loucura civilizatória contemporânea permitir que a transformemos em uma ‘guerra quente’… e suas catastróficas consequências!

Nas guerras, não há vencedores. Por isso, a LBV busca promover o desarmamento dos corações através da maior de todas as armas disponíveis aos seres humanos: o amor, e a prática deste amor, a caridade.

Conversava com o irmão legionário, prof. Nilton Duarte, autor da música que leva o mesmo título, sobre a importância de cantarmos a sua composição, passados mais de 40 anos da criação, nos tempos sombrios que estamos vivemos.

A letra, como uma prece, assim ora: “Flores, em vez de mísseis, / Vamos ao mundo jogar, / Nesses homens que são uns loucos, / Suas mentes transformar. / Flores, em vez de mísseis, / Com o Amor sempre renovando / Flores, mais flores ao mundo, / Pois, Jesus está chegando! / Jovens de valor tão profundo, / Vocês formam o celeiro do mundo. / É com flores que pedimos a Jesus: / Para o mundo, fluidos divinos de Luz. / Renovando nossas Almas bem mais, / Numa canção que transmite a Paz, / Só o Amor nos eleva e conduz. / Flores, em vez de mísseis! / Flores, mais flores! Só Jesus! […]”.

Nunca foi tão importante nossa prece e cântico de paz. Independente de sermos, ou não, cristãos, todos somos seres humanos, inclusive os chamados ateus, numa moradia que nos acolhe, pelas condições atmosféricas, há pelo menos algumas unidades de milhões de anos.

Não podemos destruir nossa morada pelo medo que causa a loucura humana. Um ser humano não é, nem pode ser, inimigo de outro ser humano.

Desde a ‘Queda do Muro de Berlim’, em 1989, ato popular revolucionário, nascido do coração de irmãos separados pela cerca da loucura humana, não há mais sentido para a geopolítica da guerra, praticada pela OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, e manifesta na presente loucura russa. 

O pacto assinado por nós, seres humanos deste Planeta, trouxe a nova Ordem Mundial: somos e seremos uma única espécie animal com inteligência e sanidade suficientes para encontrar nas mediações multilaterais, através da Organização das Nações Unidas, a diplomacia do amor e do respeito, mesmo diante dos naturais conflitos de interesses.

A loucura humana é uma enfermidade que tem tratamento. 

Sejam medicamentos que realinham substâncias químicas que o corpo deixa de produzir, seja o diálogo produtivo que nos mostra verdades, e, estas, reorientam caminhos de paz interior e exterior. Nosso Planeta e seus habitantes possuem discernimento suficiente das suas fragilidades.

Os sinais da loucura humana, nesse momento, estão na incapacidade do olhar fraterno entre ucranianos e russos… mas, já estiveram e se estendem, de forma incompreensível na história dos séculos XX e XXI após a segunda guerra mundial, entre norte-americanos e iranianos, iraquianos, afegãos, vietnamitas; entre os povos de Israel e da Palestina, entre humanos da Coreia do Sul e do Norte, da Arábia Saudita e do Iêmen…

Independentemente de nos compreendermos, todos, como cristãos, formamos uma única Família Humanidade. Biologicamente, cada DNA que forma o indivíduo é resultado de uma história de amor entre nossos antepassados, pais e mães, avós e avôs….

Relendo o capítulo 17º das 21 Chaves da Volta de Jesus, 4ª parte do Livro Mensagem de Jesus para os Sobreviventes (1975), de autoria do saudoso Alziro Zarur (1914-1979), na sua página 200, ressalta o fundador da LBV: “Ninguém, até hoje, descobriu a fórmula perfeita para resolver o grande problema dos chefes de Estado, na arte de governar os seus povos. De um lado está o Capitalismo materialista dos ricos, e de outro o Comunismo dos pobres revoltados. Ambos não saciaram a sede de Justiça das nações. ” (Grifo meu).

Ao levar flores, em vez de mísseis, convido nossos leitores a uma breve prece, que feita com o coração fraterno, pode contribuir em muito a cura da nossa loucura humana e a paz mundial: “Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia dai-nos hoje; Perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos nossos ofensores; E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal; porque vosso é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! ” (Oração de Jesus, descrita por Mateus 6:9-13 na Bíblia Sagrada). 

Veja o cuidado de um Mestre e Educador ao nos ensinar uma arma poderosa para vencermos todos os medos. Ele nos relembra que somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, que é Amor, independentemente do território onde vivamos, neste resiliente, único e maravilhoso Planeta.

Daniel Nava

Pesquisador Doutor em Ciências Ambientais e Sustentabilidade da Amazônia do Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia da UEA, Analista Ambiental e Gerente de Recursos Hídricos do IPAAM

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