Nílson Pimentel (*)
Fatos são ocorrências reais que a realidade da vida nos impõe para desmentir narrativas e discursos políticos incongruentes com os fatos reais!!! Não somente o Brasil que convive com inconsistências de narrativas e discursos políticos, mas o mundo também apresenta fatos difíceis de acreditar. No Brasil o governo insiste em desacreditar da Política Monetária (PM) do Banco Central (BACEN) e de seu presidente, por ignorância e desconhecimento científico da Ciência da Economia, mesmo que a PM do BACEN beneficie e proteja seu governo, ao contrário da Política Fiscal (PF) operada pelo Ministério da Fazenda. Como pano central para encobrir a inépcia desse atual momento do governo, com aumento de gastos e maior apetite do governo por arrecadação, ele usa a taxa SELIC – 10,50% – como bode expiatório desse estado de coisas que ocorre no governo, mas o COPOM foi unânime em sua decisão. Por outo lado, para punir o agrobusiness brasileiro, o governo ameaça retirar todos os benefícios fiscais desse importante setor da economia brasileira, assim como, insiste que irá importar hum milhão de toneladas de arroz, mesmo que o mercado brasileiro não apresente desabastecimento. Enquanto isso acontece, as contas do governo caminham para fase gravíssima, com o aumento desmensurado das despesas e da dívida publica, além do mais, há o descrédito desse governo perante a opinião pública, as derrotas no Congresso Nacional, as gafes internacionais na geopolítica global, dentre tanto desgoverno. O mundo chega a um estágio em que os organismos internacionais, a Organização das Nações Unidas (ONU) e demais potências do G7 não encontram caminhos, formas para acabar com as guerras, Ucrânia X Rússia, Israel X Hamas (grupo terrorista), dentre outras. Contudo, o mundo assiste perplexo, grandes potências, a União Europeia (UE), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) serem incapazes de fazer alguma ação de sanção contra a Rússia e, atualmente tentam negociação como grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah. A que ponto chega esse mundo!!! O Amazonas se encontra no limiar de um fenômeno climático ambiental anunciado, talvez seja provável haver uma vazante, seca, estiagem mais severa que a de 2023. O governo estadual já anuncia algumas ações estratégicas para mitigar os impactos desse fenômeno nas populações que sofrem como essas catástrofes ambientais, pois os rios da bacia hidrográfica amazônica nem chegaram a encherem em seus níveis normais e já começaram a secar, a vazar prenunciando outra grave estiagem, porém vai uma observação da logística que afeta totalmente a economia amazonense, o Amazonas possui alguns dos maiores rios do mundo, mas não consegue transformá-los em reais hidrovias, pois fazer somente dragagem não traz consistência à perenização da navegação de transportes. As hidrovias requerem manutenção em seu curso e canal, sinalização, controles e demais ornamentos indicativos de rota, são vias navegáveis utilizadas para transportes diversos, sobretudo àqueles voltados à comercialização de mercadorias de grande porte, também são tipo de transporte aquaviário que ocorre em rios e lagos, sendo suas principais vantagens atreladas aos custos-benefícios desse transporte, em especial no que tange o deslocamento de cargas pesadas em grandes distâncias. E os grandes rios da Amazonas ainda não chegam a ser necessariamente Hidrovias. A gestão dos Recursos Hídricos no governo estadual está entre as necessidades de equacionar adequadamente os problemas sociais, em especial as questões das desigualdades inter-regionais e econômicas como imenso desafio excepcional e complexidade. No geral e no Brasil ainda é assim, os Recursos Hídricos ainda é visto como sub área da engenharia sanitária , mas não é bem assim, pois engloba áreas como saneamento, energia, saúde, educação, abastecimento de mercadorias, etc, depende de uma visão integrada de diversos componentes, bioma, condicionantes sócio-econômicos, os sistemas hídricos e diversos conhecimentos. A gestão dos Recursos Hídricos envolve o disciplinamento do uso da água e ao sistema de decisão descentralizada e participativa dentro da visão ambientalmente sustentável. A falta integrada da gestão, principalmente das setorização das ações pública, causa impactos já verificados nos sistemas hídricos nas cidades do Amazonas, senão vejam; poluição e contaminação dos mananciais urbanos em Manaus, ocupação desordenada em áreas de proteção desses mananciais (em todos os igarapés que corta a capital e, mais atualmente, a bacia do último manancial, Tarumã-Açú); falta de tratamento adequado de esgoto sanitário residencial, industrial, e de resíduos sólidos; inundações frequentes nas cidades, inclusive Manaus e mais as secas periódicas; ocupações inadequadas e de áreas de risco de inundações em cidades, inclusive em Manaus, com populações em riscos. A busca de soluções é o grande desafio, requer componentes ações integradas e economicamente sustentáveis, principalmente para as populações de baixa renda, ribeirinhos e demais que sobrevivem em condições mais desfavoráveis. De acordo com dados meteorológicos históricos de estudos do World Weather Attribution (WWA), Atribuição Meteorológica Mundial em português, constatou que a estiagem que ocorreu na Amazônia em 2023 foi um evento excepcional. Atual a equipe principal da WWA é formada por pesquisadores de diversas instituições, incluindo o Grantham Institute – Climate Change and the Environment, o Imperial College London , o Royal Dutch Meteorological Institute , o Laboratoire des Sciences du Climat et de l’Environnement , e o Red Centro Climático da Cruz do Crescente Vermelho . “Atualmente, o clima mundial encontra-se em 1,2°C mais quente que nos períodos pré-industriais (antes de começarmos a queimar combustíveis fósseis para sustentar a economia), podemos esperar secas meteorológicas semelhantes, com precipitação muito baixa, aproximadamente a cada 100 anos, também os dados históricos indicam que a precipitação de junho a novembro na Amazônia está diminuindo à medida que o clima se aquece”. Conforme declaração da professora Regina Rodrigues, de Oceanografia Física e Clima da Universidade Federal de Santa Catarina, “À medida que o clima se aquece, uma potente combinação de diminuição da precipitação e aumento do calor está impulsionando a seca na Amazônia. Para proteger a saúde da Amazônia, precisamos preservar a floresta tropical e nos afastar dos combustíveis fósseis o mais rápido possível”. |
(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]