Essa parceria do IDAM e EMBRAPA é uma notícia que me anima, e muito, pois é treinando, capacitando e transferindo tecnologia ao técnico de campo e ao produtor rural que poderemos avançar no agronegócio familiar e empresarial, mas só ganhará volume se tiver o apoio da área ambiental na agilidade de procedimentos para viabilizar o acesso ao crédito rural ao produtor rural que vai querer colocar em prática o que aprendeu dos especialistas do IDAM e dos pesquisadores da EMBRAPA.
Portanto, só merece elogios e nosso reconhecimento essa parceria entre o Sistema Sepror/IDAM e a EMBRAPA. As presenças do Olenilson/Embrapa e do Pedro Chaves/IDAM, colaboradores comprometidos e dedicados, nesse projeto é a certeza do sucesso e de novos avanços.
O que me deixa triste é que, todo esse esforço para aumentar nossa produção agropecuária vem esbarrando na área ambiental (já vem de outras gestões, de outros governos) que ainda não encontrou a forma de agilizar a dispensa e/ou licenciamento ambiental no estado que tem 97% de florestas preservadas. O entrave continua, mas ainda tenho esperança que na atual gestão do governador Wilson Lima essa novela terá seu capítulo final e, no meu entendimento, só com o uso da tecnologia resolveremos este assunto no Amazonas que tem dimensões continentais. Se já é usada a tecnologia para identificar queimadas, e multar corretamente os que comentem erros, o que falta para usar a tecnologia para liberar dispensas e/ou licenciamentos. Como disse acima, esse problema já vem de vários anos, de décadas, entendo a limitação de estrutura dos órgãos, nada contra os gestores, reconheço as responsabilidades de cada um, mas não podemos ficar patinando nesse assunto por mais tempo. O interior precisa de atividades produtivas urgentemente para aquecer a economia, e sem acesso ao crédito rural isso não vai acontecer. Tenho certeza que temos inteligência suficiente para superar esse gargalo para o bem do produtor rural, sem ferir as regras e as legislações, mas não estamos evoluindo.
Que essa solução não seja mais postergada, porque continuamos ocupando o último lugar no acesso ao crédito rural no Brasil. Até no Pronaf Agroecologia nosso desempenho é vergonhoso, quase inexistente. O produtor que vai receber a nova tecnologia do IDAM e da EMBRAPA vai precisar de acesso ao crédito rural para tocar sua propriedade, colocar em prática o que aprendeu, mas com esse entrave de décadas na área ambiental não vamos evoluir, não vamos aumentar o emprego e renda no interior, nem diminuir a extrema pobreza no volume e na velocidade que tanto precisamos. Se tem bilhões do crédito rural sendo aplicados nos outros estados, certamente com aval da área ambiental, o que falta no Amazonas? Faço essa afirmativa com base nos dados disponibilizados pelo site do Banco Central do Brasil.