Nesta terça-feira, dia 3, os Estados Unidos da América (EUA)devem definir o próximo presidente daquela grande nação do Norte. O resultado da eleição, no entanto, pode se transformar até em tumulto nas ruas de muitas cidades norte-americanas, em caso de derrota do presidente Donald Trump, o qual já ameaçou não aceitar um resultado no qual ele não seja o vencedor. Importante não só para os Estados Unidos, assim como para os países que têm os EUA como grande parceiro comercial.
É o caso do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, que se diz amigo pessoal de Trump, declarou que vai continuar apoiando o presidente estadunidense até o último momento de definição das eleições nos Estados Unidos.
É uma promessa que, para Trump, nada significa. Para o Brasil, uma perda de tempo, afinal, amizades podem até pesar no relacionamento entre dois países soberanos, isso, porém, não quer dizer que o Brasil terá que seguir tudo que os Estados Unidos definirem.
O alinhamento do presidente Bolsonaro com o presidente Trump pouco tem servido aos interesses do Brasil. Aliás o País tem perdido oportunidades em várias instâncias, apesar dessa “amizade presidencial”.
Não foram poucos os milhões de dólares que o Brasil perdeu com a política de favorecimento às empresas norte-americanas adotada durante a gestão Trump.
Enquanto as eleições nos Estados Unidos se encerram com todas as chances de haver tumulto quando sair o resultado final, que pode demorar dias, no Amazonas os candidatos a prefeitos e vereadores mantêm as campanhas em suas cidades, apesar da covid-19.
A campanha eleitoral pode ter desencadeado uma segunda onda de covid-19 em municípios do interior do Amazonas e também em Manaus. Essa é a visão de autoridades do segmento de saúde do Estado.
O fato é que os candidatos não têm observado, em sua maioria, os protocolos para evitar a contaminação pelo coronavírus durante eventos de campanha, como passeatas e, em alguns casos, até em comícios
As autoridades da área de saúde têm registrado aumento no número de internações por covid-19 em Manaus, e atribuem o crescimento dos casos de ataque do coronavírus justamente aos eventos das campanhas eleitorais.
Se a covid-19 voltou em segunda onda, por outro lado as campanhas estão cada vez mais quentes e até candidatos que estavam trabalhando realmente com suas propostas, como é o caso de Amazonino Mendes, também resolveram responder aos ataques de seus adversários.
Enquanto os candidatos partem para ataques aos adversários, deixando propostas de lado, os eventos de publicidade eleitoral que vão parar na justiça também aumentam.
Um desses casos foi a propaganda do candidato Alfredo Menezes atacando Davi Almeida. Por determinação da Justiça Eleitoral, Alfredo Menezes teve de retirar, de suas redes sociais e outros locais, a propaganda que desconstruía a imagem do candidato Davi Almeida.
Nesta terça-feira, candidato Ricardo Nicolau também, por determinação da Justiça, vai ter que ajustar sua propaganda e citar a Prefeitura de Manaus, além de ter que esclarecer direitinho como é que ele, sozinho, em quatro dias, construiu um hospital de campanha.