Atualidade de caos, principalmente no sistema de saúde publica. Aqui no Amazonas, se destaca a incompetência da gestão publica, que já vem em desorganização de governos passados, agravando-se nesse atual governo, incapaz, sem conhecimentos para gerir o Estado do Amazonas, sem competência gerencial alguma, para uma máquina publica caótica, o que levou o Amazonas a esse estado de esquívocos nas decisões governamentais. Ressaltamos que as pessoas menos qualificadas num setor nem sequer têm a experiência necessária para saber o que estão fazendo de errado.
Outro aspecto, a questão do Brasil, o Sistema Único de Saúde – SUS, um bom sitema de saúde publica, mas foi sucateado nesses últimos anos de governo esquerdista, com a corrupção avassaladora e assassina, restando ao brasileiro, pego totalmente despreparado, o sofrimento com falta de leitos hospitalares, medicamentos, equipamentos de proteção individual para profissionais e, mais ainda sem a mínima infraesturura hospitalar para epidemias e pandemias, mesmo após ter passados por outros graves ataques viróticos, em passado recente! As sociedades do mundo possuem cicacritizes e memórias que marcaram nossas trajetórias existenciais por aqui.
Entretanto, sempre deixam aprendizados marcantes, que nos levam à construção do que seremos, e alguns resgates do que fomos, por exemplo: a Grande Depressão de 1929 deixou nos norte-americanos um sentimento de “não desperdiçar” (waste not); e com a crise de 2008, deixou um legado de precariedade e iniquidade que ainda empobrecem a vida de milhões de pessoas em muitas democracias ocidentais. Contudo, cada pandemônio desses é diferente.
A Depressão de 1929 e a Segunda Guerra Mundial definiram as bases do moderno Estado de bem-estar, e a epidemia de gripe de 1918 (gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918, sendo que na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar, enquanto, na segunda, em agosto, tornou-se mortal, na primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul) ajudou a criar os sistemas nacionais de saúde em muitos países europeus e norte-americano. Por isso que vários economistas acreditam que cada choque econômico deixa uma herança de recordações, mudanças e feridas “inesquecíveis”.
Para os pesquisadores-economistas do Clube de Economia da Amazônia (CEA) será impossível pensar que essa inimaginável experiência (black swan) de máscaras, isolamento da vida social, perdas de vidas humanas, paralização da produção industrial, fechamento do Comércio, desemprego elevado, não trarão consequências após o final dessa pandemia.
Destacando-se que os analistas do CEA, ressaltam que se pode demorar anos e até décadas para explicar todos os impactos econômicos e as implicações sociais decorrentes desses tempos. Sem embargo de outras abordagens, essa pandemia (Covid-19) explora as características da vida, o modus vivendi, que as sociedades escolheram para viver nesse mundo globalizado, superpopulações urbanas, consumo exacerbado, turismo maciço em todas as partes do globo, mega-cidades, viagens aéreas constantes em todas as direções, cadeias produtivas com fornecedores a milhares de quilômetros e uma extrema desigualdade na divisão da riqueza e nos sistemas de saúde e justiça públicos.
Tudo isso tem demonstrado e expos a fragilidade humana e que, tem situações que o poder do dinheiro é insuficiente! E que os conhecimentos científicos possuem valor inestimável! Como disse o economista Robert J. Shiller, prêmio Nobel de Economia em 2013, “um efeito a longo prazo dessa experiência pode ser instituições econômicas e políticas mais redistributivas, dos ricos aos pobres, e com maior preocupação pelos marginalizados sociais e idosos”.
Comparativamente os impactos econômicos dessa pandemia (Covid-19) se tem a crise financeira de 2008, onde ocorreram mudança intensas na economia mundial, em que a economia global foi de um crescimento relativamente alto e uma inflação moderada, a um depressivo crecimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, com significativa deflação.
Então, o mundo nunca mais voltou a ser igual ao que havia sido antes do ano 2008. Visto o atual cenário global, o Covid-19, tende a provocar uma recessão muito superior à de 2008-2009, veja-se a dívida atual da Grécia é de 175,2% de seu PIB, e em níveis igualmente altos, que se aproximam de 100% do PIB, estão a Itália, França e a Espanha.
Também, as consultorias globais especializadas projetam que a maioria das economias demorará de dois a três anos para voltar aos níveis de produção que tinha antes da pandemia, pois a economia se rege sob várias leis e ações de seus agentes econômicos (empresas, governos e famílias), as mudanças sempre acontencem, haja vista, que os grande grupos industriais terão de reordenar seus modos de produção (o que?, e principalmente onde?), as pioridades das redes comercialização, e esforços maciços nos processos intensivos de reindustrialização.
Entretanto, há destaque generalizado que a Indústria ocidental apresenta elevada dependência produtiva de bens intermediários da China e o mercado de consumo, de bens finais.
A globalização não se reverterá, mas essa atual realidade não voltará atrás, mesmo com grandes fraturas. Para muitos economistas, parcelas das sociedades do mundo, como os jovens que somente vivenciaram o Capitalismo de crises, o que farão? Se exporão às ruas? Ainda não há tempo para prognósticos, pois se tem o Brexit, a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos pressagiam anos complicados, mas recomendam que se busque um bem-estar mundial, cooperado entre os países que optem pela cooperação, a ajuda e a solidariedade em momentos de crise e pós crise.
*Nilson Pimentel é Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
Fonte: Nilson Pimentel