13 de outubro de 2024

Economia e meio ambiente para o Amazonas


Todos sabem que o ritmo de consumo capitalista antes dessa pandemia do COVID-19, estava em ritmo acelerado, para alguns economistas e formuladores de estratégias produtivas, além da capacidade de regeneração do sistema ambiental, em determinados casos, dos recursos naturais renováveis e não renováveis. Ou de outra forma, como pontuam só economistas do Clube de Economia da Amazônia – CEA, as pressões causadas pelas atividades humanas sobre o meio ambiente estão afetando a capacidade de reposição dos ecossistemas na natureza.

As explorações desmesuradas de recursos minerais, as ocupações urbanas, aberturas de fronteiras agrícolas, desmatamento e queimadas para fomento da pecuária, extração de desordenada de madeira, poluição urbana de cursos d’água, descarte incorretos de resíduos sólidos são os principais vetores de degradação do meio ambiente. Por outro lado, a falta de políticas públicas para a proteção geral do meio ambiente e os modelos de compensações econômicas que induzam e incentive à proteção ambiental.

Para o pessoal do CEA, apesar de entender a complexidade que leva aos processos indutores para essa necessária proteção, bem como, não são totalmente, favoráveis à conservação desses biomas, haja vista, existirem tecnologias que permitem a exploração dos recursos naturais sem os possíveis grandes impactos no meio ambiente, pelo homem. Pois, como tudo na vida, possuem os ciclos de vida e morte, para eles há desperdício de riquezas sem que haja possibilidades de exploração favoráveis ao bem estar do homem.

Atualmente, no Amazonas, se vê como degradante, a situação dos ditos “guardiões das florestas”, vivem de forma rota sem nenhuma assistência da oferta de serviços públicos e que estão nessas condições por não terem outras alternativas para suas vidas, e quando vislumbram alguma, saem a procura de melhores condições de vida.

Então, a exploração racional, por via de utilização de tecnologias apropriadas, do recursos naturais, são necessárias e de utilidade econômica para a população em geral, criando riquezas e empregos nas atividades econômicas que envolvem. De acordo com os professores Gómez-Baggethun, “… a alternativa mais discutida como solução do problema, inclusive pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO 2011), pelos governos, organismos internacionais e iniciativa privada são os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), como sendo esse PSA, uma compensação financeira por parte dos demandantes (locais, regionais e globais) de bens e serviços ecossistêmicos para os fornecedores dos mesmos, como transferências financeiras de usuários/demandantes destes bens e serviços para aqueles que os provêm, como uma forma de agregar valor monetário aos serviços gerados pela natureza, tornando a oferta de serviços ecossistêmicos parte da decisão estratégica dos agentes econômicos que ofertam, demandam ou exploram com práticas sustentáveis adequadas tecnologicamente”.

O estado do Amazonas, que possui um bioma singular, com imensa possibilidades de biodiversidade, em que há séculos que pratica um extrativismo primário predatório, inclusive teve participação significativa no PIB brasileiro, no final século IX e início do século XX com a extração da borracha de seringueiras nativas e que passou longo período após, em estagnação econômica, até a implantação (1968) do projeto Zona Franca de Manaus – ZFM, o qual mantém a economia amazonense até hoje.

Com o passar do tempo (52 anos), urge o “acordar econômico” do Amazonas em DIVERSIFICAR sua matriz econômica de commodities eletroeletrônicas, a diversificando para a utilização produtiva dentro da racionalidade econômica de seus potenciais recursos naturais, pescado, minerais, óleos e extratos vegetais, recursos de fauna e flora, a Indústria do Turismo dentre tantas outras vertentes exequíveis economicamente.

Não se precisa de invenções mirabolantes, como “vale do Silício verde” “oceano verde” etc e tal, pois as atuais e futuras práticas produtivas economicamente exequíveis levam às inovações tecnológicas existentes, uma vez que os processos produtivos a serem adotados utilizam essas inovações tecnológicas e quase nada se irá construir de “novas inovações tecnológicas” para utilizarmos na manufatura dos recursos naturais provenientes desse bioma amazônico.

Nesse método, se quer incluir um público mais amplo constituído por formadores de opinião, professores, estudantes, políticos, empresários e trabalhadores dentre outros, convidá-los a meditar sobre as questões propostas, a buscar mais informações e dados a respeito das estratégias de crescimento econômico tão necessário ao Amazonas. Os caminhos estão corretos? como os de investimentos em infraestrutura, na educação, na saúde e na segurança que predominam na mídia, existem outros problemas fundamentais que emperram o desenvolvimento econômico regional do Amazonas?

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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