No próximo domingo, dia 15, vamos eleger centenas de vereadores e sessenta e dois prefeitos no Amazonas. Então, teremos mais uma oportunidade para acertar muito mais do que errar na escolha dos nomes. É o momento de todos os atores envolvidos com o setor primário, com o agronegócio familiar e empresarial, com a agropecuária local, escolher prefeitos e vereadores ligados, preocupados, focados, de fato, na soberania e na segurança alimentar e nutricional do nosso povo. É o momento de votarmos em candidatos que defendam a produção de alimentos no Amazonas. É o momento de votarmos em candidatos que defendam o setor que vem dando certo no Brasil e que vem sustentando a economia nos momentos mais difíceis. Estou falando do agronegócio familiar e empresarial.
É o Amazonas do AGRO sustentável que vai acabar com o percentual elevado de famílias que passam fome na capital e no interior, com o baixo IDH, com a alta desnutrição, e com os 71% de residências com algum grau de insegurança alimentar e nutricional. É o Amazonas do AGRO sustentável que vai, de fato, gerar emprego e renda no interior, ou seja, fazer com que a tão falada “interiorização do desenvolvimento” saia do papel, do discurso, e seja realidade. Por esses, e outros motivos, que nesta eleição do próximo domingo, e na de 2022 para deputado estadual, federal, senador, governador e presidente que, nós, atores do setor rural, devemos votar em quem, verdadeiramente, defende a bandeira da soberania alimentar e nutricional.
Nosso setor precisa aumentar a representatividade no legislativo e no executivo, é muito importante, é estratégico para avançarmos em algumas pautas. Já chega de prefeitos e vereadores que ignoram o nosso setor, que ignoram a importância do produtor rural, que só pensam em saúde, educação e segurança, mas esquecem que é a produção rural, o emprego, o alimento saudável que garante menos idas ao hospital, maior presença em sala de aula e menos insegurança.
Nosso setor primário precisa de mais espaço, de mais representantes no legislativo e no executivo dos 62 municípios. Precisamos de mais vozes pra mostrar que o Amazonas não está pegando fogo, apesar de alguns insistirem em divulgar fotos que não traduzem a realidade do nosso estado. Vozes para cobrar o Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE e acabar de vez com essa novela que já passa de mais de uma década. Vozes para cobrar agilidade na dispensa e/ou licenciamento ambiental. Vozes para cobrar o uso de satélites, de tecnologias em benefício do produtor rural, não somente para multar. Vozes para cobrar a tão falada regularização fundiária. Vozes para cobrar que o preço do milho da Conab não seja o maior do Brasil. Vozes para cobrar que a subvenção federal chegue ao extrativista. Vozes para cobrar o acesso aos bilhões do crédito rural. Vozes para divulgar o recente depoimento do atual superintendente da política federal afirmando que não é culpa do produtor rural o desmatamento. Vozes para cobrar remuneração por mantermos a floresta em pé. Até hoje, só discursos bonitos, termos bonitos, mas dinheiro no bolso de quem verdadeiramente manteve em pé ainda é ficção. Vozes para cobrar no legislativo a adesão ao PAA, pois até agora só três municípios aderiram (Manacapuru, Autazes e Careiro Castanho).
Os vereadores precisam cobrar um percentual mínimo no orçamento do município para aplicação no setor primário, seguindo exemplo que já acontece no estado, para fortalecer a estrutura da secretaria e a assistência técnica. Os vereadores precisam cobrar que o licenciamento ambiental seja expedido no próprio município descentralizando as políticas ambientais. Essa centralização em Manaus é de alto custo ao empreendedor e muito demorada. Os vereadores e prefeitos precisam cobrar da bancada federal emendas para recuperar ramais e vicinais.
Hoje, na “Compensa”, temos um governo sensível e bem próximo ao nosso setor que vem fazendo resgastes históricos, mas tem pautas que precisam de uma maior pressão dos 62 municípios, da base, dos vereadores e dos prefeitos para que o município possa ter dias melhores, e só o setor primário destravado e sustentável é capaz de fazer essa revolução. O modelo PIM/ZFM já mostrou em cinco décadas que não foi capaz de fazer isso.
Então, vamos votar em vereadores e prefeitos ligados ao AGRO familiar e empresarial. É assim que mudamos o Amazonas!