*Augusto Bernardo Cecílio
“Quando estiver comendo uma fruta, pense na pessoa que plantou a árvore”. A frase, que parece solta ao vento, representa a essência do trabalho dos servidores fazendários, na sua labuta de promover os recursos públicos destinados aos serviços de qualidade que a população deseja e merece, na forma mais singela e franca da real igualdade social e distribuição de oportunidades.
As políticas públicas têm o seu planejamento, organização e execução na base de um orçamento real, com projeções técnicas, arrecadação eficaz e controle tributário. Não se trata apenas de cobrar e fiscalizar, mas de promover o crescimento econômico que deságua no desenvolvimento humano, com todas as nuances paralelas da visão socioambiental, da educação fiscal, da reprodução de recursos em serviços públicos e até mesmo do acompanhamento de sua aplicação com regulação normativa e justiça social.
A criação do Dia do Servidor Fazendário (17 de outubro), inspiração do deputado Tony Medeiros, justamente no aniversário do Sifam, entidade comprometida com a luta pela valorização e proteção dos direitos da categoria, é o reconhecimento da amplitude de ações dessa classe de tantas atribuições profissionais, como de reflexos coletivos no bem-estar da sociedade, formando um eixo de competências seletivas, mas todas voltadas para o mesmo objetivo de eficiência funcional, em prol da coletividade.
Tony Medeiros recolheu essas atribuições para conceber um momento, acima da euforia de uma comemoração, determinando um dia inteiro para reflexão, avaliação, estudo, debates e busca de novos caminhos da eficiência, colocando o romantismo do artista que é na função profissional que merece ter seu momento particular.
O servidor da Secretaria de Estado da Fazenda é, portanto, início e fim da essência do Estado como provedor das necessidades sociais e coletivas, sem perder de vista o sentido das prioridades identificadas e, mais do que isso, o sentimento das demandas que explodem nos limites da superação humana.
Esse momento nos é dado para respirar e purificar na busca incessante da união que faz a força, da estabilidade que constrói a harmonia, do reconhecimento que eleva a autoestima, evitando que se torne uma massa frágil e ineficaz na sua proposta de ação e expectativa de resultados.
Temos um dia para comemorar, mas a vida toda para perseverar, para multiplicar, para agigantar um sistema de desenvolvimento, e também para demonstrar que é possível humanizar o trabalho e, com a capacidade superior da solidariedade e da fraternidade, atingir objetivos além do que os olhos podem ver, mas o coração pode sentir, na satisfação do bem fazer.
Como data de registro histórico, a criação desse dia representa um momento de elevação no conceito profissional e de reconhecimento do valor de resultados, bem como uma oportunidade para se rever as políticas públicas de valorização do capital intelectual, além de mostrar a grandeza de um trabalho, tão invisível quanto silencioso, mas de rara eficiência e de fundamental importância para a construção de um bom lugar para a nossa gente viver.
*Auditor fiscal da Secretaria da Fazenda. E-mail: [email protected]