14 de novembro de 2024

Da necessária especialização produtiva intensiva em recursos naturais para o Amazonas (parte 3)

Se tem vivenciado no mundo desde o último quartil do século XX e nesse início do século XXI, as principais transformações no Capitalismo, no qual se teve o avanço da área financeira com domínio do capital rentista, e as transformações no Setor Secundário – na Industrialização, corroborada por novos paradigmas tecnológicos e inovações de plataformas digitais que revolucionaram, principalmente o Setor Terciário – os Serviços.

Essas transformações econômicas, sociais, ambientais e de governança organizacionais, públicas e privadas, tem revolucionado a ambiência capitalista mundial de negócios privados e relações governamentais. E, quando o capitalismo ocidental parecia que estava em plena recuperação da virada no século, se assiste o “guerra tecnológica” – comercial entre USA-CHINA, e em seguida a pandemia de 2007/2008 – vírus H1N1, debilitando todo o sistema econômico mundial.

Quando já se prenunciava a recuperação da economia mundial total, foi abatida em pleno voo ascendente por essa pandemia – COVID – 19, arrasando totalmente as Economias nacionais, principalmente dos países capitalistas ocidentais. Como se manifestam os economistas-pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia – CEA, com tudo que se passou nesse longo período de quarentena que provocou a desestruturação econômica dos sistemas, com queda vertiginosa da oferta, com aumento crescente do desemprego, em nível mundial.

Com essa gravidade, trouxe outras reflexões quanto ao ex-normal do paradigma econômico anterior, principalmente no tocante as questões ambientais, como atuação antrópica nos ecossistemas por utilização de recursos naturais, inclusive de clima, trazendo uma outra visão ou na busca de novos modelos de regionalização, tendo em vista essa reflexão e questionamento do paradigma vigente, marcado pela hegemonia do capital, visão antropocêntrica bruta, mercadológica e insustentável, tendo em vista o papel/função das regiões (áreas espaciais) nas economias macionais e regionais.

Essa reflexão, pressupõe o desenvolvimento de uma consciência crítica e autocrítica sobre a complexidade que envolve as questões socioambientais quando se trata de desenvolvimento econômico regional. Então o novo regionalismo poderá levar a paradigmas específicos de padrões regionais de desenvolvimento socioeconômico, como na reestruturação produtiva, como de novas formas de ação política relevante, que podem ocorrer além da territorialidade rígida e inflexível das fronteiras geográficas administrativas.

Essa reflexão, como processo, no rearranjo econômico espacial na atualidade é associado à reestruturação produtiva interna dos países e externa entre países conduzindo ao aumento das atividades de agronegócios na produção de alimentos e de serviços, como base de ligação e disseminação de novas modalidades de inter-relacionamentos sociais, econômicos e institucionais, pós pandemia.

Também, como comentam os economistas do CEA, os espaços regionais de um país tem havido consideráveis evidências que demonstram que o fenômeno ocasiona transformações espaciais consideráveis, traduzindo particularmente novas formas de hierarquia, que representam condições díspares de desenvolvimento socioeconômico. Esse novo regionalismo requer a compreensão sobre a possibilidade de ações de intervenção governamental diante das condições específicas de cada área espacial municipal em cada estado, no contexto nacional.

Portanto, nesse novo contexto espacial apresenta todas possibilidades de serem alcançadas pela ação governamental, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico. Prestem atenção! Essa semana o AMAZONAS deu início a 42a. FEIRA AGROPECUÁRIA (forma virtual/digital) com uma programação bem substanciosa para o Desenvolvimento Econômico Regional, principalmente com a participação efetiva da Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI, apresentado os principais Programas e Projetos do Governo do Amazonas para o Desenvolvimento Regional, tais como: Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio e Agroindústrias do Estado do Amazonas – Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia PRDA – 2020-2023 – BIODARPE – Distrito Bioagroindustrial da Amazônia – Polo Rio Preto da Eva – Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE – Projeto Humaitá – Cadeia da Borracha – Implantação do Complexo Naval, Mineral e de Logística do Estado do Amazonas – APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos – APL Pesca Ornamental – Cadeia da Estruturação da Carne – APL Artesanato Alto Solimões.

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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