7 de outubro de 2024

Da necessária especialização produtiva intensiva em recursos naturais do Amazonas – parte 2


Boas novas também acontecem à Economia brasileira, relembrando, senão vejam: O Brasil foi convidado por maioria dos países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, para coordenar o grupo de recuperação econômica mundial (www.correiobrasiliense.com.br -2020/04/29), do grupo de retomada econômica do pós-coronavírus do grupo OCDE.

É um fórum de países que se descrevem comprometidos com a democracia e a economia de mercado, oferecendo uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenar as políticas nacionais e internacionais de seus membros. Um futuro promissor há de ser reconstruído!!! Por isso que os economistas do Clube de Economia da Amazônia (CEA) acreditam que se deva buscar a ampliação do espectro econômico do Estado do Amazonas, haja vista todo manancial de recursos naturais que o bioma amazônico é dotado, e que já foram quase exaustivamente decantados.

Trata-se de ampliação, visto que o projeto ZFM/PIM é uma realidade e, economicamente exequível se tem outros tanto recursos que permitem o crescimento sem igual dessa economia. Como o pessoal do CEA tratam, que por mais de cinco décadas, muito se tem abordado acerca do tema desenvolvimento, desenvolvimento econômico, desenvolvimento regional/local, sendo discutidos tanto nas áreas da geografia econômica, e da economia e, em alguns casos, multidisciplinares e interdisciplinares. Disse-se que o desenvolvimento é um assunto, por si só, muito complexo, notadamente quando se trata dessa imensa região Amazônica, se assim não fosse, outros governos já teriam formulado programas e projetos de desenvolvimento econômico regional.

Para os economistas do CEA, muitas vezes se fala em desenvolvimento sem se ter a noção do que significa. Aqui no Amazonas se peca por esta forma, além de não saber priorizar e equacionar problemas, o Governo estadual e suas instituições não atenta para eficiência e eficácia no planejamento e na execução, do por em marcha de programas e projetos, não levando em consideração os saberes já existentes, inclusive dentro do próprio governo.

Para os economistas, duas formas distintas se apresentam para o desenvolvimento, uma que considera o crescimento como sinônimo de desenvolvimento e, outra que defende o crescimento como uma condição indissociável para o desenvolvimento econômico. Para a primeira, a acumulação é suficiente para o desenvolvimento, como destacam certos setores da ZFM/PIM, quanto ao faturamento bruto e aos impostos arrecadados, na qual, a produção cresce, cresce o faturamento bruto, cresce os impostos arrecadados, a renda é distribuída entre os proprietários, provocando determinado impacto na qualidade de vida da população e no desenvolvimento econômico.

Entretanto, o pessoal do CEA, acredita que em determinada região não é desenvolvido somente pelo quanto de recursos financeiros possui ou pela quantidade de impostos que arrecadados, ou por aumento da renda per capita, sobremodo por quanto de recursos financeiros são investidos na qualidade de vida e no desenvolvimento socioeconômico como um todo, como não se tem visto há temos nesse Amazonas.

Tendo variados objetivos e vertentes a serem levados em prioridades, no caso do Amazonas, se identificar potenciais das 09 (nove) sub-regiões do estado é importante e, que sejam identificados os setores que, uma vez, exequíveis em mobilizáveis, fomentados, podem gerar o maior custo-benefício para o Governo do Amazonas. Pois, para os pesquisadores do CEA, o potencial regional é, a capacidade de crescimento sustentável (nos planos econômico, social e ambiental) da produção e da renda.

Se conhece quase todos os municípios que compõem as 09 (nove) sub-regiões do Amazonas e se tem identificado os possíveis potenciais econômicos com base nos recursos naturais, exequíveis economicamente e as atividades econômicas existentes em cada um deles, pois compete aos gestores públicos conhecer todos os recursos subutilizados/subotimizados como potenciais econômicos em recursos naturais, plantas industriais, infraestruturas, saberes tradicionais, e capacidade de seu capital humano.

Ressaltando que nenhum espaço territorial desses apresenta vantagens comparativa absoluta, em todos os setores produtivos, pois cada sub-região tem as suas particularidades, e que portanto, são esses os fatores que geram a sustentabilidade ao crescimento econômico. Ressalte-se que ao analisar os espaços de cada município por sub-região é importante que os outros, em seu entorno, também sejam considerados, observando-se quais os fatores que influenciam na dinâmica do desenvolvimento socioeconômico do município, identificando as principais atividades produtivas, agropecuária, indústrias e serviços. (continua)

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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