11 de dezembro de 2024

As raposas e o galinheiro

            Muito já se falou sobre as consequências e até mesmo a falta de base racional e até mesmo legal com que está sendo levada esta Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Covid19. Cada vez fica mais claro o verdadeiro objetivo buscado desde sua implantação, de servir como um palanque eleitoral para parlamentares que se encontram no fundo do poço, tendo nos cargos arranjados na CPI os holofotes que lhes faltavam de maneira normal e decente por uma ação parlamentar convencional.

            As primeiras ações com os inquéritos transformados em verdadeiras inquisições, onde o relator Renan Calheiros, posando de mocinho, quando nem mesmo deveria estar participando de uma Comissão de inquérito, dado sua ficha recheada de acusações e processos que estão em suspenso por conta deste absurdo instrumento de defesa do crime que o Brasil Institucionalizou, a imunidade parlamentar. O nosso senador Omar Aziz, que depois de verdadeiro OCASO público, esquecido pela mídia e pelo povo por seus problemas jurídicos e defendido pelo mesmo instrumento jurídico do Relator, a imunidade parlamentar, parecendo um verdadeiro defensor da moral no comando dos trabalhos, sem lembrar em nenhum momento de seus atos pregressos.

            O que mais enoja aos mais atentos aos fatos políticos de nosso país, é o descaramento com que os nossos senadores comandam os inquéritos. Fazem as perguntas direcionando as respostas, querendo obrigar ao indiciado a responder da forma que eles desejam. O Randolphe Rodrigues, vulgo “maritaca Histérica”, tem seus ataques de histeria e perde o bom senso, chegando a perder a noção se está atacando o indiciado ou mesmo seus colegas de plenário. Para ele a questão é ATACAR, não interessa o como nem mesmo o porquê. Por sinal, este senadorzinho sem noção, vem a um bom tempo atacando o Estado do Amazonas como o centro dos problemas da saúde brasileira, falando abertamente que aqui aconteceram os maiores desvios. Já demonstra uma postura pré-concebida totalmente contra o que deveria ser um verdadeiro senador se fosse séria esta CPI.

            Como parece que não conseguiram o objetivo maior deste verdadeiro Teatro Bufão, que seria atacar diretamente o Governo Federal na figura do Presidente Bolsonaro, os atores de péssima qualidade resolveram escolher uma nova vítima. Ajudados pela imprensa marrom, passaram a mirar suas armas contra o general Pazuello e estão deixando bem claro que será um verdadeiro massacre a sua participação neste julgamento.

            Cada cidadão tem o direito de ter sua opinião sobre o país e sobre os funcionários e executivos que participam da vida do país. Eu, na minha humilde opinião, considero o General Pazuello uma vítima deste sistema fraco e injusto no qual se tornou o nosso sistema institucional, principalmente a partir da fraca e parcial Constituição de 1988. O General assumiu o Ministério da saúde em um momento altamente complicado e fez o que podia, além de conviver com ataques não só diários, mas horários, por parte de jornalistas, mas congressistas e ministros deste nosso amaldiçoado STF, onde os ministros mal preparados se acham no direito de governar o país.

            Em termos de Amazonas, em relação ao período mais complicado da pandemia, quando faltou até mesmo o oxigênio, momento que querem imputar a responsabilidade ao General, No entanto, além de esquecer das responsabilidades do poder estadual e do poder municipal, que deveriam ter feito o controle da White Martins, responsável pelo pleno abastecimento do oxigênio, mas seu monopólio lhe isenta das responsabilidades. Este desvio de visão faz com que amazonenses sem visão esqueçam do apoio que foi dado ao nosso estado por parte do governo federal, avalizado pelo general Pazuello, com aviões C-3 colocados à disposição do transporte de insumos, coisa que NENHUM OUTRO ESTADO TEVE.

            Portanto tenho um desejo e uma opinião a respeito da participação do General Pazuello nesta amaldiçoada CPI: que ele ARREBENTE com estes falsos defensores do que eles não tem, moral e respeito, além de mostrar que o preparo e a autoridade dele como General das nossas respeitadas Forças Armadas, são mais importantes do que estes instrumentos ridículos montados por um Congresso completamente desmoralizado por um país que está com suas instituições completamente destroçadas. Vai lá Pazuello, ARREBENTA COM ELES.

Orígenes Martins

É professor, economista, mestre em engenharia da produção, consultor econômico da empresa Sinérgio

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