6 de outubro de 2024

Amazônia para os amazônidas

As constantes altercações que existem na região amazônica apenas corroboram o que todos nós sabemos: O mundo está de olho em nós. A nossa região tem um apelo ecológico único. A imprensa sensacionalista faz uma algazarra sempre que uma árvore tomba na Amazônia, como se fosse a última. Os preservacionistas querem preservar o verde, nem que isso signifique tirar o homem da floresta.

Segundo os historiadores, havia um mínimo de quatro milhões e um máximo de seis milhões de índios na Amazônia antes da invasão branca. Em todo o caso, mais que a população do estado do Amazonas hoje, com sua enorme concentração de mais de dois milhões de almas na capital, Manaus. A floresta foi recebida intacta pelos portugueses e espanhóis. Isto prova que homem e natureza podem conviver sem destruição.

A partir de 1970 surgiram organizações de proteção à vida no planeta. Entre elas está o Greenpeace que começou com onze pessoas, da religião quaker, tendo à frente o Capitão Paul Watson, para tentar barrar os testes nucleares no Alasca. Dali pra frente cresceu tornando-se a maior multinacional na arrecadação de donativos. Só perde para as igrejas “ore e pague.”

A WWF também está rivalizando com o Greenpeace neste campo. Para a preservação dos lagos de Silves, há mais de 20 anos, ela arrecadou mais de cinco milhões de dólares e investiu cerca de trezentos mil. Uma corrupção de deixar qualquer político, em qualquer lugar do mundo, careca de inveja. Como todo empreendimento feito apenas para desviar dinheiro, está abandonado.

A malandragem internacional há muito traiu os ideais que nortearam o surgimento de movimentos aparentemente sérios. O jornalista Pedro Diedrich em seu artigo “O Urânio é Nosso e a Ong Greenpeace?” cita o Capitão Paul Watson, que abandonou a Ong, sete anos após a aventura no Alasca: “O Greenpeace faz mais dinheiro com a campanha contra a caça à baleia do que a Noruega e Islândia juntas o fazem por realizarem esta caça. Em ambos os casos, as baleias morrem e alguém lucra com isso. Continuamos a receber informações de pessoas que têm recebido apelos do Greenpeace, altamente emocionais, para darem dinheiro para salvação das baleias, incluindo dinheiro para abastecer o seu navio com óleo diesel. Isto é simplesmente uma fraude descarada”.

Muitos jovens universitários sonham em se alistar como voluntários nas fileiras de Organizações Não Governamentais (Ong), acreditando na pureza de seus ideais. A estes jovens recomendamos as palavras do senhor Watson. Em nosso caso, ONG poderia significar “Onde Não há Governo”.

Muitas dessas organizações têm estrutura superior a muitos países. No Amazonas, onde já vimos a atuação do Greenpeace, percebemos que a logística deles é superior a do IBAMA. Esta estrutura faz com que se imponham, quer pela logística cara, quer pelo lobby que fazem em todos os órgãos e ministérios, quer pelo estímulo da imprensa, nada isenta. Não é um inocente movimento composto de ambientalistas criados em cativeiro.
Parafraseando o nobre jornalista Diederich, poderíamos perguntar:

  • A Amazônia é nossa e as ongs são de quem?
  • A terra indígena é dos índios, da ongs ou da Nação brasileira?
  • As riquezas do subsolo são de quem?
  • As florestas são de quem?
  • As leis de proteção ambiental devem ser interesse do Brasil ou das ongs?
  • Podemos permitir que lá de fora sejam traçadas nossas leis? 

Por que, se as ONGs pretendem cuidar das pessoas, existem tão poucas no pobre nordeste e milhares na rica Amazônia?

Podemos dizer que a luta pela preservação do meio ambiente é válida. O que não é válido é a ingerência em assuntos de interesse exclusivo do Brasil e de sua gente. 

Luiz Lauschner

é empresário

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